SINTTAV, SNTCT e STT, sindicatos afetos à CGTP voltaram a defender as propostas do seu caderno reivindicativo na reunião da semana passada com a administração da MEO/Altice, a segunda sessão negocial do Acordo Coletivo de Trabalho para este ano. Mas a resposta da empresa, afirmam em comunicado, foi uma reformulação da sua primeira proposta feita “de forma provocatória”.
Assim, prosseguem os sindicatos, a administração da MEO trouxe para a mesa de negociações duas novas propostas: a de um aumento de 0,2% nos salários que não têm aumento superior por via da atualização dos 11 níveis da tabela de remunerações, o que dizem corresponder a 180 trabalhadores; e mais um dia de férias para todos sem aumento do subsídio de férias e com o fim dos dias de dispensa por antiguidade.
Da primeira proposta manteve o alargamento do acordo à Meo Energia, abrangendo 10 trabalhadores, a fixação do vencimento mínimo em 915 euros, que é o valor do salário mínimo na Madeira, a alteração da tabela de remunerações mínimas apenas nos salários mais baixos, o aumento de 60 cêntimos no subsídio de refeição e a garantia de 550 movimentos de evolução profissional.
Para estes sindicatos, a proposta da empresa “é uma vergonha, é gozar com quem trabalha”. Os sindicatos não aceitam o argumento das dificuldades de gestão da empresa, que avalia os encargos destes aumentos em 1,2 milhões de euros, tendo em conta que “entre 2019 e 2024 a receita da empresa em Portugal cresceu 31%, passou de 2100 milhões de euros para mais de 2770 milhões de euros”, com os lucros a aumentarem 19%.
E lamentam ainda que haja outros sindicatos “a dizer que compreendem as dificuldades que a gestão, de forma manhosa e manipuladora, regurgita até à exaustão”. A próxima reunião está agendada para o dia 10 de fevereiro.