Num comunicado conjunto, SINTTAV, SNTCT, STT e FECTRANS manifestam-se contra a degradação salarial na Altice. Afirmam que “nos últimos 15 anos” os salários não acompanharam o crescimento do salário mínimo nacional, “o que coloca os salários de entrada das empresas do grupo mais próximo deste”.
Para eles, isto significa uma “desvalorização das profissões, dos salários, das pensões”. O resultado tem sido a saída de centenas de trabalhadores e a incapacidade de recrutar novos efetivos.
Propõe-se assim um aumento de 150 euros, pois o aumento de salários é “o elemento essencial para conquistar melhores condições de vida e de trabalho no nosso país”.
Para além disso, os sindicatos julgam necessário garantir o direito à contratação coletiva, que veem como “instrumento central” para a melhoria das suas condições de trabalho.
Os preços das telecomunicações sobem, os salários nem por isso
Esta frente de sindicatos denuncia ainda que os preços das telecomunicações aumentaram 22,5% ao mesmo tempo que nesse mesmo período os preços das telecomunicações na UE diminuíram 7,9%.
De acordo com os dados que recolheram na Anacom, em abril, a taxa de variação média dos últimos doze meses dos preços dos serviços de telecomunicações em Portugal (5,2%) foi 4,1 p.p. superior à média da UE (1,1%), sendo Portugal o terceiro país com a variação de preços mais elevada (ou o 25.º país com a variação mais baixa) entre os 27 países da União Europeia.
Depois do aumento de até 7,8% nos preços dos serviços de telecomunicações no início de 2023, em janeiro de 2024 a MEO voltou a aumentar preços. Contas feitas, os consumidores sentiram um aumento de cerca de 12,4%, em apenas dois anos, nas suas faturas de telecomunicações”.
Os sindicatos explicam que este aumento não foi refletido nos salários dos trabalhadores.