O Bloco de Esquerda organizou este domingo uma festa-comício em Coimbra, com o mote “Mudar de vida é uma festa”. A coordenadora do Bloco de Esquerda participou no comício, que também contou com intervenção de Miguel Cardina, candidato pelo círculo eleitoral de Coimbra.
A festa começou com uma conversa sobre “Cidade e Utopia” com José Manuel Pureza e Maria J. Paixão, um concerto de Farra Fanfarra e DJ Set de Toni Ferrino e feira de artes e artesanato, jogos tradicionais para as famílias, comida e bebida.
“O SNS, a escola pública, os serviços públicos, o sistema de proteção social não são bondade. Não foram dados por bondade nem por caridade, são um povo a reclamar o que é seu”, disse a coordenadora do Bloco de Esquerda.
Só que esses direitos, segundo Mariana Mortágua, são alvo de uma oligarquia cujo projeto é “abocanhar o Estado-Social, abocanhar a escola pública e a proteção social, porque sabem que é isso que dá o poder ao povo”.
“O projeto da oligarquia é por alguém a pagar para que eles possam pagar menos impostos e ficar sempre com mais riqueza acumulada”, sublinhou. “E a verdade é que 50 anos depois do 25 de abril, nunca a oligarquia teve tanto poder como tem hoje”.
Nesse grupo encontram-se “os donos das casas onde vivemos”, ou “da dívida que temos ao banco”, os “donos dos hospitais” mas também “do espaço e dos satélites”, “da energia, da informação, da comunicação e da política, e querem ser donos dos nossos sonhos”, defendeu a dirigente bloquista.
Referindo-se a essa desigualdade, Mariana Mortágua frisou que “quem olha para o país de cima, como Luís Montenegro, acha sempre que o país está melhor quando há meia dúzia a ganhar mais e nós, a maioria, perde”.