O jornal “Correio da Manhã” desta quinta-feira 18 de maio, noticiou que a Galp teria desistido de fazer o furo ao largo de Aljezur. No entanto, nesta sexta-feira 19 de maio, o mesmo jornal publicou uma nota onde refere que a Galp, desmentiu a desistência e afirmou que "continua a desenvolver 'todos os esforços' para fazer a prospeção de petróleo ao largo de Aljezur, apesar de não estar a cumprir o prazo previsto."
Em fevereiro passado, quando a GALP apresentou o seu plano estratégico, o presidente da Comissão Executiva e vice-presidente do conselho de administração, Carlos Gomes da Silva, tinha declarado que o furo da prospeção de petrróleo ao largo de Aljezur seria feito nos meses de abril ou maio. (ver notícia do esquerda.net)
A efetivação do furo pelo consórcio ENI/GALP, que detém a licença, chegou a estar programado para o verão de 2016, mas perante o prolongamento da consulta pública, com pareceres maioritariamente negativos, o consórcio desistiu do plano inicial. O Governo decidiu então prolongar o prazo, argumentando que o fazia devido ao referido prolongamento da consulta pública e o consórcio planeou realizar o furo em abril/maio de 2017.
Segundo o “Correio da Manhã”, o consórcio já tinha preparado novo adiamento, mas o Governo não autorizou e a GALP garantiu ao jornal não ter prevista a realização de nenhum furo até 31 de maio.
Segundo a nota desta sexta-feira publicada pelo "Correio da Manhã", a Galp diz que está a cumprir "escrupulosamente todos os passos e requisitos exigíveis para executar este investimento no prazo mais curto possível". Porém, na verdade a Galp e o consórcio não cumpriram o estabelecido, nem ouvem as aspirações da população.
Apesar da Galp insistir em querer fazer o furo, o facto de passar mais um ano sem ser feito é um fruto positivo dos protestos da população e do movimento contra a exploração dos hidrocarbonetos, que tem continuado a crescer e a manifestar-se.
Em relação ao furo ao largo de Aljezur, ainda no passado dia 4 de maio o Tribunal tinha aceitado uma providência cautelar, apresentada pelo município de Odemira.
Segundo o jornal, a GALP tem uma licença, concedida pela Direção-Geral de Recursos Marítimos, para fazer estudos na área até janeiro de 2019.
Notícia atualizada em 19 de maio de 2017 às 13.40h