Desde 2022 que o Metropolitano de Lisboa monitoriza a atividade de três ativistas do movimento Salvar o Jardim da Parada nas redes sociais. Susana Morais, Suzana Marques e Margarida Vicente são contra a construção da estação de Campo de Ourique no Jardim da Parada e foram alvo de uma ação de vigilância por parte da empresa.
A informação foi tornada pública no Plano de Comunicação do projeto, incluído na documentação do Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução, que está em consulta pública até dia 5 de dezembro. Nesse documento, a contestação social do movimento Salvar o Jardim da Parada é catalogado como “ameaça”.
As ativistas consideram a ação ilegítima, ilegal e uma “afronta à liberdade de expressão” e irão apresentar ao Ministério Público e à Comissão Nacional de Proteção de Dados queixa contra o Metropolitano de Lisboa, segundo avança o Público.
Várias páginas de grupos ativistas foram analisadas no âmbito do referido Plano de Comunicação, entre eles o próprio movimento Salvar o Jardim da Parada, os Fãs de Campo de Ourique, os Vizinhos de Ourique, mas as três ativistas são alvos pessoais de monitorização, o que será justificado por “serem as pessoas mais ativas nos grupos/páginas contra a construção da estação no Jardim da Parada”.
Lisboa
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Lembre-se que o Metropolitano de Lisboa é uma entidade que está sob tutela de um ministério. Contactado pelo Público, o Metro diz que “tem estado permanentemente em contacto com todos os interessados e promovido um trabalho de comunicação aberta e transparente entre todas as partes interessadas”.
O movimento promovido pelas ativistas quer salvar o Jardim da Parada da descaracterização e destruição da natureza do jardim fruto da construção das infraestruturas do Metro de Lisboa planeada com a expansão da linha Vermelha.