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Ken Loach apresenta filme em Cannes e diz não ao “Brexit”

Com “I, Daniel Blake”, a saga de um trabalhador nas malhas da burocracia do Estado Social para conseguir o subsídio de doença, Ken Loach está de volta ao Festival de Cannes.
Foto Chris Payne/Cornerhouse/Flickr

O veterano cinesasta inglês tinha dado a entender em 2014 que “Jimmy’s Hall” seria o seu último filme, mas está de regresso à competição em Cannes pela 12ª vez para apresentar “I, Daniel Blake”, mais uma história de luta e de dificuldades, protagonizada por um homem impedido de trabalhar por motivos de saúde, mas a quem o Estado Social nega o subsídio de doença.

“O sistema de proteção social está feito de forma cruelmente consciente. É incrível: dizem aos pobres que a pobreza é culpa deles, porque só depende deles arranjarem trabalho. As pessoas mais vulneráveis estão a ser arrasadas pelo sistema”, denuncia Ken Loach.

Na conferência de imprensa em Cannes, o cineasta aproveitou para se pronunciar sobre o referendo de 23 de julho sobre a participação britânica na União Europeia, afirmando que apoia a manutenção embora classifique a UE como “uma invenção neoliberal”.

“A melhor maneira de mudar a UE é por dentro. Os governos tendem a ir para a direita. Por isso os grupos de esquerda devem estar unidos para poderem enfrentar os ataques das grandes empresas”, conclui Ken Loach.

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