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Imigrantes de todo o país manifestam-se em Lisboa esta segunda-feira

A iniciativa, agendada para as 10h, em frente à Assembleia da República, exige justiça e direitos para mais de 30 mil imigrantes que vivem e trabalham em Portugal e insurge-se contra a hipocrisia das políticas europeias anti imigração. Mais de 20 organizações subscrevem a convocatória do evento.
Foto de Solidariedade Imigrante.

A Solidariedade Imigrante, que lançou a convocatória do evento, subscrita, até a momento, por mais de duas de dezenas de coletivos, alerta para o “agravar da situação dos e das imigrantes que connosco vivem e trabalham, nomeadamente dos mais de 30 mil imigrantes que, por não terem visto de turismo ‘Schengen’ ou prova de entrada em Portugal, veem-se empurrados para a clandestinidade, para as piores condições de trabalho e as mais infra-humanas condições de vida que Portugal jamais conheceu após o 25 de Abril”.

Em causa estão “mulheres e homens que trabalham e contribuem para este país há 1,2,3,4 e mais anos” e que “merecem todo o nosso apoio, um acolhimento justo e digno e a oportunidade de se virem a inserir na sociedade, tal e qual os portugueses espalhados pelo mundo o desejam para si”.

“Submetidos e duplamente explorados”, estas mulheres e homens “estão sujeitos ao inaceitável bloqueio no acesso aos serviços públicos, nomeadamente à saúde, à segurança social e à educação, políticas que violam os direitos humanos dos e das imigrantes e a sua dignidade”, escrevem as organizações promotoras da concentração.

“Como não bastasse a estarem a dramática situação em que vivem estes e estas trabalhadoras, são sujeitos à mais vil humilhação de serem deportados, expulsos e ameaçados com notificações para abandonarem o país em 20 dias, como de criminosos se tratassem, o que está a acontecer presentemente no Algarve”, acrescentam.

Estes coletivos, exigem uma política de imigração justa e humana que atribua a todos e todas que connosco vivem e trabalham, Documentos e Direitos”.

“Esta é a emergência cidadã capaz de resgatar a dignidade e o respeito que todos merecem, contra o trabalho escravo e forçado, contra o tráfico humano e contra a hipocrisia das políticas europeias anti imigração, rompendo com o silêncio cúmplice de sectores da sociedade e do Governo Português que excluem da sociedade, muitos e muitas imigrantes que connosco partilham o dia a dia”, vincam. 

 

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