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Hospital de Serpa fecha urgência por tempo indeterminado

Um surto de Covid-19 é o motivo invocado pela administração do Hospital de São Paulo, em Serpa, para encerrar o serviço de urgência sem data prevista para reabertura.
A Comissão de Utentes de Serviços do Concelho de Serpa já fez notar que “um serviço publico de saúde que dá resposta à população, ainda mais na situação de crise sanitária que vivemos, não deve encerrar por tempo indeterminado”, apelando a que as diversas entidades envolvidas “trabalhem numa solução - mesmo que provisória - para manter o serviço em funcionamento.”
Por sua vez, a Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda de Beja considera este encerramento “inaceitável” e afirma que “obrigará os doentes dos concelhos de Serpa e de Mértola (margem esquerda do Guadiana) a recorrer diretamente à urgência do Hospital de Beja, já tão sobrecarregada. A concentração de utentes na Urgência de Beja, em plena pandemia, multiplica o risco de contágio de utentes que à partida não sofrem desta patologia e por isso procuram uma resposta de proximidade.”
A estrutura distrital do Bloco afirma que este encerramento não pode ser desligado da “estratégia de esvaziamento deste serviço que, há uns meses passou a encerrar à meia-noite, com uma ‘campainha de recurso’ e, mais recentemente, encerra às 8 horas da noite. O encerramento da urgência ameaça tornar-se definitivo e vem sendo tentado sob vários pretextos pela Santa Casa da Misericórdia de Serpa, alegando que este serviço não é rentável.”
Recorde-se que o Governo PSD/CDS tentou diversas vezes passar a gestão de hospitais públicos para entidades privadas bem como para entidades do setor social, designadamente da Santa Casa da Misericórdia, afirmando até estar a “devolver os hospitais às Misericórdias“, pretensão que o Bloco de Esquerda sempre rejeitou.
Neste processo, passaram para a gestão das misericórdias hospitais do SNS como o Serpa, de Fafe (no distrito de Braga) e de Anadia (no distrito de Aveiro).
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