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“Há 75 anos começou esta chacina, Marcelo aprende a história palestina”

Em frente ao Palácio de Belém, centenas de manifestantes foram lembrar ao Presidente da República os factos históricos do brutal processo de colonização da Palestina. Na concentração, Joana Mortágua defendeu que é preciso o país “falar a uma só voz e juntar a sua voz à da ONU na denúncia do genocídio e no apelo a um cessar-fogo”.

Centenas de pessoas marcaram presença este domingo em frente ao Palácio de Belém em Lisboa, onde aconteceu mais uma concentração de apoio à causa palestiniana e de repúdio ao massacre que está a ser cometido pelas Forças Armadas israelitas na Faixa de Gaza. Aí se reivindicou um cessar-fogo imediato e se gritou, entre outras, a palavra de ordem: “há 75 anos começou esta chacina, Marcelo aprende a história palestina”.

Joana Mortágua, na manifestação em representação do Bloco de Esquerda, afirmou que o partido marca presença “para denunciar o genocídio do povo palestiniano que está a acontecer em Gaza e para relembrar que Portugal tem de falar a uma só voz pelo cessar-fogo, na denúncia deste genocídio e no reconhecimento do Estado da Palestina como uma questão estratégica para a solução dos dois Estados e para a solução pacífica deste conflito, a única possível, que é a que passa pelo reconhecimento do Estado da Palestina”.

Com a manifestação a ter sido remarcada para frente ao Palácio de Belém por causa do que Marcelo Rebelo de Sousa disse ao embaixador palestiniano em Portugal e com o Presidente da República a fazer questão de ir falar com alguns dos presentes para vincar que defende a existência de um Estado palestiniano mas que está contra o terrorismo, a dirigente bloquista não podia deixar também de regressar ao que foi dito para classificar aquelas declarações como “lamentáveis porque elas desviaram desse caminho de uma única voz que se junta à voz de Guterres pelo cessar-fogo e pela denúncia dos crimes de guerra, crimes humanitários, crimes contra a humanidade que Israel tem estado a cometer contra o povo palestiniano nesta brutal ocupação”.

E questionada sobre as declarações subsequentes de Marcelo, que disse não compreendia as razões do “alarido” por causa do que tinha dito anteriormente, a deputada contrapôs que o facto de “ter estado aqui com os manifestantes demonstra bem como ele compreende as razões do alarido pelas suas declarações porque as suas declarações foram lamentáveis”. Até porque “se o Presidente não compreendesse não teria acabado por corrigir as suas declarações, ainda bem que o fez” e compreendeu que Portugal “tem de falar a uma só voz e juntar a sua voz à da ONU na denúncia do genocídio e no apelo a um cessar-fogo”.

 

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