“Há 75 anos começou esta chacina, Marcelo aprende a história palestina”

05 de novembro 2023 - 16:56

Em frente ao Palácio de Belém, centenas de manifestantes foram lembrar ao Presidente da República os factos históricos do brutal processo de colonização da Palestina. Na concentração, Joana Mortágua defendeu que é preciso o país “falar a uma só voz e juntar a sua voz à da ONU na denúncia do genocídio e no apelo a um cessar-fogo”.

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Centenas de pessoas marcaram presença este domingo em frente ao Palácio de Belém em Lisboa, onde aconteceu mais uma concentração de apoio à causa palestiniana e de repúdio ao massacre que está a ser cometido pelas Forças Armadas israelitas na Faixa de Gaza. Aí se reivindicou um cessar-fogo imediato e se gritou, entre outras, a palavra de ordem: “há 75 anos começou esta chacina, Marcelo aprende a história palestina”.

Joana Mortágua, na manifestação em representação do Bloco de Esquerda, afirmou que o partido marca presença “para denunciar o genocídio do povo palestiniano que está a acontecer em Gaza e para relembrar que Portugal tem de falar a uma só voz pelo cessar-fogo, na denúncia deste genocídio e no reconhecimento do Estado da Palestina como uma questão estratégica para a solução dos dois Estados e para a solução pacífica deste conflito, a única possível, que é a que passa pelo reconhecimento do Estado da Palestina”.

Com a manifestação a ter sido remarcada para frente ao Palácio de Belém por causa do que Marcelo Rebelo de Sousa disse ao embaixador palestiniano em Portugal e com o Presidente da República a fazer questão de ir falar com alguns dos presentes para vincar que defende a existência de um Estado palestiniano mas que está contra o terrorismo, a dirigente bloquista não podia deixar também de regressar ao que foi dito para classificar aquelas declarações como “lamentáveis porque elas desviaram desse caminho de uma única voz que se junta à voz de Guterres pelo cessar-fogo e pela denúncia dos crimes de guerra, crimes humanitários, crimes contra a humanidade que Israel tem estado a cometer contra o povo palestiniano nesta brutal ocupação”.

E questionada sobre as declarações subsequentes de Marcelo, que disse não compreendia as razões do “alarido” por causa do que tinha dito anteriormente, a deputada contrapôs que o facto de “ter estado aqui com os manifestantes demonstra bem como ele compreende as razões do alarido pelas suas declarações porque as suas declarações foram lamentáveis”. Até porque “se o Presidente não compreendesse não teria acabado por corrigir as suas declarações, ainda bem que o fez” e compreendeu que Portugal “tem de falar a uma só voz e juntar a sua voz à da ONU na denúncia do genocídio e no apelo a um cessar-fogo”.

 

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