As greves convocadas pelo STAD esta quinta-feira inserem-se na Jornada Mundial de Ação, organizada pela UNIGLOBAL, Federação Internacional Sindical, para reivindicar justiça social para os trabalhadores de limpeza industrial e vigilância.
As paralisações envolvem mais de 300 trabalhadoras e trabalhadores da limpeza no aeroporto de Lisboa e na Universidade do Minho, ao serviço, respetivamente, das empresas Samsic e Servilimpe. E contam com concentrações até às 13h junto às chegadas na Praça do Aeroporto, em Lisboa, e na Portaria Sul da Universidade do Minho, em Braga.
À Samsic, o sindicato reivindica a "aplicação, sem reservas, do acordo de condições especificas do local de trabalho", além da criação de um horário de trabalho 4x2 (quatro dias de trabalho seguidos de 2 dias de descanso, em vez dos atuais 6x2), e também de um subsídio de turno e de transporte.
Concentração à entrada da Universidade do Minho
No caso da Universidade do Minho, trata-se da exigência do pagamento do subsídio de Natal e de metade do salário de dezembro, que ficaram por pagar com a troca de empresas concessionárias do serviço nesse mês, apesar de as trabalhadoras terem assegurado todo o serviço. O STAD defende que quem tem de resolver o problema são os Serviços Sociais da Universidade, pois este "não se pode desresponsabilizar pelo que se passou dentro das suas instalações, não pode saber que existem trabalhadores dentro da sua casa, que trabalharam e não receberam".
O Bloco de Esquerda esteve presente nesta concentração, em solidariedade com a luta destas trabalhadoras. E considera inaceitável que a Universidade do Minho não assuma responsabilidade pela resolução da situação laboral destas pessoas. "A Universidade fez a opção por entrega a uma empresa externa de um serviço permanente e necessário como é a limpeza das suas instalações", refere a distrital bloquista de Braga em comunicado.
Esta quinta-feira o grupo parlamentar do Bloco questionou o Governo, através do Ministério do Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, sobre as diligências tomadas para regularizar a situação salarial das trabalhadoras e que acompanhamento está a ser feito da situação por parte da Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho e da Autoridade para as Condições do Trabalho. O Bloco questiona igualmente o Governo sobre as razões para a contratação de uma empresa externa para assegurar um serviço permanente e que passos serão dados pela Universidade do Minho para voltar a internalizar o serviço de limpeza nas suas instalações.
Notícia atualizada às 14h com a informação da pergunta enviada pelo griupo parlamentar do Bloco de Esquerda ao Governo sobre a situação na Universidade do Minho.