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“Governo fez derradeira admissão da sua incompetência para lidar com problema da Habitação”

Mariana Mortágua afirmou que é “responsabilidade do Governo e de António Costa cumprir as suas promessas e resolver a crise da Habitação” e defendeu que é necessário, de imediato, congelar o aumento das rendas para 2024.
Foto de Nuno André Ferreira, agência Lusa.

À margem de uma visita ao Mercado de Produtores de Viseu, Mariana Mortágua afirmou que, com o pedido de ajuda do Governo à Comissão Europeia, o executivo “acaba por fazer a sua derradeira admissão da sua incompetência para lidar com o problema da habitação”.

A coordenadora do Bloco defendeu que é responsabilidade do Governo e de António Costa “cumprir as suas promessas e resolver a crise da habitação”.

Mariana Mortágua frisou que o Governo deve, de imediato, dar uma resposta sobre as rendas para 2024, não havendo “nenhuma razão para impor a ansiedade a milhares de pessoas”.

A dirigente bloquista lembrou que o aumento das rendas, caso não seja travado, poderá ascender a 7%, de acordo com os dados da inflação divulgados no final de agosto, o que é, conforme referiu, “incomportável”.

E é por isso que a coordenadora bloquista enfatizou que o aumento das rendas deve ser congelado tendo em conta os valores de 2021, antes do surto inflacionista, seja no que respeita à renovação de contratos como a novos contratos.

Apontando que a crise da habitação “é o pior problema que as pessoas enfrentam neste momento” e que os “salários não pagam estas rendas”, Mariana Mortágua destacou que o Bloco propõe “medidas simples que podem ser aplicadas de imediato”.

A dirigente bloquista mencionou a necessidade de baixar os juros do crédito, considerando que não podemos aceitar que os bancos continuem a ter lucros muito altos à custa da degradação das condições de vida das pessoas.

Mariana Mortágua referiu também a proposta de impor tetos máximos ao preço do arrendamento, "de acordo com cada zona de cada cidade", com valores "sensatos" e "adequados aos valores dos rendimentos em Portugal", com o objetivo de permitir que o mercado de arrendamento "seja compatível com os rendimentos de quem procura casa".

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