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FIFA suspende Joseph Blatter e Michel Platini

A suspensão, determinada pelo Comité de Ética da FIFA, tem a duração de 90 dias. O presidente demissionário e o líder da UEFA e candidato à presidência da FIFA, e ainda o secretário-geral Jérôme Valcke, ficam interditos de desenvolver qualquer atividade associada ao futebol tanto a nível nacional como a nível internacional.

Em comunicado, a Comissão de Ética da FIFA assinala que as suspensões provisórias impostas aos três dirigentes entram em vigor de imediato e podem ser dilatadas, desde que esse período adicional não ultrapasse 45 dias.

"Durante este período [em que decorre a suspensão provisória], as pessoas acima mencionadas estão proibidas de participar em quaisquer atividades relacionadas com o futebol, tanto a nível nacional como internacional", refere o documento.

No final de setembro, o Ministério Público suíço instaurou um processo criminal contra Blatter por suspeita de gestão danosa, apropriação indevida de fundos e abuso de confiança. Michel Platini acabou por também ser implicado no processo por alegadamente ter recebido de Blatter um pagamento ilegal no valor de cerca de 1,8 milhões de euros.

As autoridades suíças deram conta de que existe ainda "a suspeita que Joseph Blatter violou os seus deveres fiduciários" para com a FIFA, ao firmar com a CONCACAF um contrato para a cedência dos direitos de transmissão televisiva dos Mundiais de 2010 e 2014 por valores muito abaixo do preço de mercado.

O secretário-geral Jérôme Valcke já tinha sido suspenso por alegada conduta imprópria, na sequência de denúncias que davam conta de que o 'braço-direito' de Blatter tinha recebido um suborno de Benny Alon, da JB Sports Marketing, no âmbito de um acordo da FIFA para a revenda de bilhetes do Mundial do Brasil.

A Comissão de Ética da FIFA decidiu ainda suspender o sul-coreano Chung Mong-Joon, que também entrou na corrida à presidência deste organismo, por um período de seis anos. O ex vice-presidente da FIFA, sujeito ainda a uma multa de cerca de 91.000 euros, foi considerado culpado de ter violado cinco artigos do código de ética do organismo na atribuição das organizações dos Mundiais de 2018, à Rússia, e de 2022, ao Qatar.

A 27 de maio de 2015, sete altos-funcionários da FIFA foram detidos pela polícia suíça em Zurique a pedido das autoridades norte-americanas. Os suspeitos foram acusados de estarem envolvidos num escândalo de corrupção que envolve mais de 150 milhões de dólares.

Apesar das detenções, e de ter sido instado por Michel Platini, presidente da UEFA, a retirar a sua candidatura, Joseph Blatter foi reeleito para um quinto mandato como presidente da FIFA no Congresso.

Entretanto, a 2 de junho de 2015, Blatter, renunciou como chefe do organismo que tutela o futebol mundial, pondo termo a um mandato de 17 anos marcado por escândalos de corrupção. As eleições estão agendadas para fevereiro.

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