Está aqui

Este fim de semana, Grândola é a capital da Canção de Protesto

Entre sexta e domingo, o Encontro da Canção de Protesto acolhe em Grândola concertos, cinema, sessões testemunhais e uma exposição que ficará patente até 3 de outubro.
Concerto na edição de 2021 do Encontro da Canção de Protesto. Foto Município de Grândola/Facebook

De 16 a 18 de setembro, a canção de protesto tem a sua capital em Grândola com atividades ao longo do fim de semana, todas com entrada gratuita. A quarta edição da iniciativa organizada pelo Observatório da Canção de Protesto arranca na sexta-feira às 18h com a abertura da exposição "Cantigas do Fogo e da Guerra", que ficará patente na Biblioteca e Arquivo do Município de Grândola até ao dia 3 de outubro.

Às 21h de sexta-feira, dia 16, tem início no recinto exterior do Complexo Desportivo José Afonso o concerto "A História Musical da Ditadura Brasileira", concebido pelo Instituto Memória Musical Brasileira para este encontro, com a participação de Alfredo Galhões, Bruno Barreto, Bruno Campos, Daniel Félix e João Carino. Em seguida, às 22h45, é a vez da banda folk-rock italiana Modena City Ramblers trazer a sua "Appunti Partigiani Tour" que celebra um dos seus álbuns emblemáticos lançado em 2005.

No sábado, o dia de atividades decorre no Cine Granadeiro e começa às 10h com uma sessão testemunhal sobre "A canção de protesto na ditadura militar brasileira e na era de Bolsonaro", em que participam Heloísa Valente, Ivan Cavalcanti e João Carino, com moderação de Carlos Cavallini. Ao meio dia, o tema da sessão seguinte é "A Canção de Protesto em Portugal no Abraço Europeu", com Luís Varatojo, Filipa Pais, Margarida Antunes, Zeca Medeiros e moderação de Sofia Branco. Às 15h30 será projetado o filme "Não Apaguem os Nossos Rastos! - Dominique Grange, uma Cantora de Protesto". Após o filme, o realizador Pedro Fidalgo estará com Dominique Grange e o seu companheiro e desenhador Jacques Tardi numa conversa sobre o filme, moderada por Agnès Pellerin e com tradução simultânea disponível. A partir das 22h, no recinto exterior do Complexo Desportivo José Afonso, há a sessão de canto livre "Sem Muros Nem Ameias", com Dominique Grange e Jacques Tardi, Maria del Mar Bonet e Borja Penalba, Marina Rossell e Zeca Medeiros com Filipa Pais.

No domingo, as atividades decorrem na Biblioteca e Arquivo do município, com um colóquio intitulado "Música & Conflito" a partir das 11h, moderado por Nuno Pacheco e com a participação de Mário Vieira de Carvalho, Rui Vieira Nery e Salwa Castelo-Branco. Às 16h, o coro da Casa da Achada apresenta a sua "Kantata do Tecto Incerto", um espetáculo comunitário sobre a crise da habitação. Segue-se às 17h o concerto "The Way to Liberation", com o jazz contemporâneo ucraniano do projeto Àvdysh protagonizado pela cantora Kateryna Avdysh.

O Observatório da Canção de Protesto, que organiza este evento desde 2019, tem por missão o "estudo, salvaguarda e divulgação do património musical tangível e intangível da canção de protesto produzido durante os séculos XX e XXI, através da realização de iniciativas culturais diversas". E foi criado a partir da parceria entre o Município de Grândola, a Associação José Afonso, a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense e os institutos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md), e Instituto de História Contemporânea (IHC).

Termos relacionados Cultura
(...)