Luís Branco

Luís Branco

Jornalista

Em resposta às questões levantadas pelo Bloco sobre a nomeação para cônsul honorário de Portugal no Cazaquistão, o Ministério dos Negócios Estrangeiros justifica a escolha com “o percurso pessoal e profissional” de Dias Suleimenov. E escuda-se na ausência de cadastro criminal e num parecer favorável do SIRP à nomeação do oligarca que enriqueceu na sombra do círculo familiar do ex-ditador.

Nuno Wahnon Martins é há quase duas décadas uma ponte do lóbi sionista para influenciar os eurodeputados. Trabalhou para o oligarca russo Moshe Kantor e casou-se com a ex-CFO do ramo suíço do seu grupo de fertilizantes. Em Portugal tem uma consultora que se apresenta na área da proteção de dados.

O ministro Castro Almeida já se desfez da sua empresa, a ministra Rita Júdice diz que não vende as suas. Mas há pelo menos mais uma ministra e sete secretários de Estado com ligações a empresas cuja atividade inclui a compra e venda de imóveis. Secretária de Estado da Habitação, ministra da Cultura e o seu secretário de Estado disseram que venderam as suas quotas nessas empresas.

Filho de um antigo governante da era soviética, Dias Suleimenov é parceiro dos negócios do homem mais rico do país: o genro do autocrata Nazarbayev. Após as privatizações, ocuparam ao mesmo tempo cargos de decisão em empresas públicas e privadas com ligações ao setor petrolífero, acumulando fortuna em offshores e contas na Suíça.

O economista Jorge Bravo é consultor de seguradoras e bancos. Esteve por detrás da “auditoria” do Tribunal de Contas que misturou Segurança Social e CGA para agitar o fantasma da insustentabilidade do sistema. Em 2015, previu que o défice na Segurança Social chegaria este ano aos 2,5 mil milhões. Afinal há superávite de 5,9 mil milhões.

O coordenador nacional do Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável foi afastado no final do ano. Para o seu lugar foi nomeado António Maia Gonçalves, que coordena a comissão de Ética da secção regional do Norte da Ordem dos Médicos e que já participou na elaboração de propostas do CDS.

A concorrência chinesa nos veículos elétricos e a queda das vendas na Europa fez soar os alarmes da indústria e antever novas ajudas de Estado, apesar dos lucros recorde dos últimos anos. Com a viragem à direita na Alemanha, a transição para mobilidade sustentável ficará mais longe.

Veterano propagandista das mentiras que levaram à invasão do Iraque, foi comissário político de Barroso e Santana em cargos nos media. Desde que ficou com as revistas que pesavam no grupo de Balsemão, acumulou dívidas de milhões ao fisco e à Segurança Social. Luís Delgado é o autor da mais recente crise nos media portugueses e foi condenado com pena suspensa.

O seu “programa de emergência” avança para a privatização dos centros de saúde e entrega milhões à Misericórdia do Porto, através do Hospital da Prelada. Lidera a Ordem dos Médicos do Norte, de onde saíram o novo diretor executivo do SNS e a secretária de Estado da Saúde. A sua empresa já deu trabalho tanto à ministra como à secretária de Estado. Acumula cargos e quotas: saúde privada, seguros de saúde, canábis medicinal.

A atualidade da situação política e social em Cuba é o tema desta entrevista com o sociólogo e historiador Frank García Hernández, editor da revista digital Comunistas e um dos cerca de 800 detidos nas manifestações do ano passado em Cuba.