Enfermeiros avançam para novas paralisações a 28 e 30 de junho

26 de maio 2023 - 17:43

Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) anunciou esta quinta-feira duas greves a 28 e 30 de junho. Melhores condições de trabalho, a contratação de mais profissionais e a contagem de pontos para efeitos de progressão na carreira constam do caderno reivindicativo.

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Foto de Paulete Matos.

Numa mensagem em vídeo publicada na página de Facebook do SEP, o presidente desta estrutura sindical, José Carlos Martins, afirma que, em reunião da Direção Nacional, realizada na quarta-feira, foi determinado o agendamento de novas paralisações, motivadas pela ausência de respostas por parte do Governo.

"O Ministério da Saúde continua sem apresentar propostas de solução para o conjunto dos problemas (...) e, portanto, no desenvolvimento da greve nacional do dia 12 de maio, a direção nacional reuniu-se e decidiu avançar com dois dias de greve, no dia 28 de junho e 30 de junho nos turnos da manhã e da tarde, sendo que no dia 30 faremos uma nova concentração às 11h frente ao Ministério da Saúde", detalha José Carlos Martins.

O dirigente sindical garante que os enfermeiros não vão baixar os braços e dá conta das reivindicações que estão na base dos protestos destes profissionais de saúde: “Vamos continuar a lutar pelas orientações relativamente ainda à contagem dos pontos para resolver todas as injustiças relativas, lutar pelo pagamento dos retroativos desde 2018, a reposição da paridade salarial entre a carreira de enfermagem e a carreira técnica superior e outras da área da Saúde, a aposentação mais cedo, a questão da férias dos CIT [contratos individuais de trabalho] em igual número aos contratos da Função Pública, e ainda a transição para enfermeiros especialistas dos colegas que estiveram no exercício da parentalidade, e para que Loures e Vila Franca de Xira adiram aos IRCT, os instrumentos de regulamentação coletiva do trabalho que o SEP estabeleceu com as EPE”, frisa.

José Carlos Martins enfatiza que “a carreira de enfermagem não se restringe à grelha salarial” e que “há muitos mais constrangimentos que dificultam e impedem o desenvolvimento profissional”.

O dirigente sindical termina apelando à mobilização, lembrando que as vitórias laborais não se conquistam sem a luta dos trabalhadores.