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"Eles estão a matar-nos": protesto climático no festival da indústria de aviação

Na manhã desta quarta-feira, os protestos climáticos tiveram como alvo a indústria da aviação, responsável por uma fatia importante das emissões poluentes no setor dos transportes. E o palco do protesto foi o evento World Aviation Festival, que reúne até quinta-feira milhares de executivos da indústria da aviação na FIL, em Lisboa.
"Houve um grupo que interrompeu a sessão onde estavam presentes responsáveis de companhias aéreas. Sinalizou-se, cá fora, que este é um evento criminoso e lá dentro que aquelas pessoas são responsáveis pelas mortes de milhares de pessoas e responsáveis pelo despejar das nossas cidades. Não podem estar a falar sobre aquele assunto e é altura de pagarem pelos crimes que estão a cometer", afirmou ao Público Alice Gato, da Climáximo.
No painel interrompido pelos ativistas debatia-se a sustentabilidade do setor e as suas promessas de alcançar o net-zero de emissões, com a presença dos CEO da TAP, Emirates, IAG, Pegasus e da IATA. Cá fora, um extintor coloria com tinta vermelha a entrada e exibia-se uma faixa onde se lia "Eles estão a matar-nos". Cinco ativistas foram identificados no local pela PSP, revelou a Climáximo em nota enviada à agência Lusa.
“O que precisamos é uma redução drástica da aviação, do fim de emissões de luxo como os jatos privados, do fim de emissões da treta como voos de Lisboa até ao Porto. Portanto, isto não é uma questão de negócio. É uma questão de todos nós que não pode estar a ser discutido por CEO e executivos das empresas mais poluentes do mundo", afirmou Alice Gato à SIC-Notícias.
A ativista solidarizou-se com o protesto climático da véspera, numa conferência promovida pela CNN com responsáveis da EDP e Galp, em que o ministro Duarte Cordeiro foi atingido com tinta verde, esclarecendo que a causa é a mesma mas que a organização pertenceu à Greve Climática Estudantil.
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