Entre abril e junho foram transacionados em Portugal 41.608 alojamentos familiares e o preço mediano alcançou os 2.065 euros/m2. Trata-se de um aumento de 19% face ao mesmo trimestre de 2024 e de 0.3 pontos percentuais face ao trimestre anterior.
Os dados são do Instituto Nacional de Estatística, citados pela agência Lusa, e mostram ainda um aumento do número de transações de alojamentos familiares face ao segundo trimestre do ano passado em 15,6%.
Quanto ao aumento do preço mediano - que é diferente do preço médio por reduzir o peso dos valores extremos no cálculo - ele verificou-se em todas as regiões, com destaque para o aumento de 38,7% no Baixo Alentejo. Os preços mais elevados continuam a ser os das sub-regiões da Grande Lisboa, Algarve, Península de Setúbal, Região Autónoma da Madeira e Área Metropolitana do Porto.
Na análise da origem do domicílio fiscal dos compradores, verifica-se que os que estão domiciliados no estrangeiro pagaram mais pelas casas do que os que têm domicílio fiscal em Portugal. Essa diferença foi de 61,9% na Grande Lisboa e de 29% na Área Metropolitana do Porto.
Entre os 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, o aumento dos preços acelerou em 19, com Vila Nova de Gaia e Coimbra a liderarem os maiores aumentos. Abaixo do aumento homólogo de 19% verificado a nível nacional estiveram os concelhos de Setúbal (18,5%), Matosinhos (17,2%), Odivelas (16,6%), Lisboa (11,4%), Porto (9,2%) e Cascais (8,8%).