Aviões

33 mil trabalhadores sindicalizados decidiram por 96% dos votos entrar em greve depois de uma proposta da administração que não compensava anos de estagnação salarial. O grande fabricante de aeronaves pode ter pela frente uma paralisação longa depois da greve de 52 dias em 2008.

A proposta foi apresentada pelo Bloco. Rita Sarrico, deputada municipal do partido, defende que “há muito tempo que este problema se vem arrastando e tem sido agravado pelo aumento desenfreado do turismo na capital, pelo que este é o momento de fazer cumprir a lei e dar descanso a quem é afetado pela poluição sonora dos aviões”.

Associação Zero propõe o fim dos voos noturnos no Aeroporto Humberto Delgado devido às suas consequências na saúde e na economia. 

A NAV mudou o sistema de acesso ao aeroporto de Lisboa e desde aí a zona sul do concelho de Vila Franca de Xira tem sido afetada por um aumento “brutal” de tráfego e barulho, “um flagelo com intervalos, por vezes inferior a três minutos” “com início na madrugada e prolongando-se todo o dia até pelo menos à meia noite”.

Um estudo europeu mostra que, pela sua localização, o aeroporto de Lisboa é o caso mais complicado na Europa. Os limites às emissões de partículas ultrafinas da União Europeia ficam muito aquém das recomendações do organismo da ONU.

Afinal, a medida aprovada corta apenas 2,6% das emissões de gases com efeito de estufa do voos domésticos franceses. Os ambientalistas dizem que isto “foi o resultado de um incessante trabalho de lóbi do setor aéreo francês” e de um governo “mais preocupado com o efeito publicitário”.

Com tinta vermelha, uma faixa e uma invasão de palco, ativistas do Climáximo protestaram dentro e fora do recinto do World Aviation Festival, um evento a decorrer em Lisboa e que junta executivos da indústria aeroportuária e da aviação.