Extrema-direita

Deputado do Chega investigado por violação de menor

14 de fevereiro 2025 - 12:10

Deputado também é presidente da Distrital de Lisboa do Chega e já tinha pertencido ao CDS. Denúncia remonta a 2023, sendo que o Chega integrou Pedro Pessanha nas listas para as legislativas de 2024 com a investigação em curso.

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Nuno Pessanha e André Ventura
Nuno Pessanha (à direita) com André Ventura. Fotografia via Facebook da Distrital de Lisboa do Chega

Pedro Pessanha, deputado à Assembleia da República e presidente da Distrital de Lisboa do Chega, está a ser investigado pelo Ministério Público de Cascais depois de uma denúncia de violação de uma menor. A queixa foi feita há dois anos pelos pais da menor e avançada esta sexta-feira pelo Jornal de Notícias.

A suposta violação remonta a 2022, quando a vítima teria 15 anos de idade. Os pais da menor alegam que o deputado “é pedófilo”, Pedro Pessanha nega e diz que é uma cabala. O caso tinha sido denunciado no TikTok por Blanca Sisó, uma conspiracionista espanhola, mas o Jornal de Notícias confirmou com a Procuradoria-Geral da República (PGR) que foi entregue “uma denúncia por violação, a qual foi remetida ao MP de Cascais, onde deu origem a um inquérito”.

O deputado do Chega apresentou uma queixa por difamação que “conheceu despacho de arquivamento” do Ministério Público, mas o advogado de Pessanha defendeu o seu cliente, dizendo que este “não foi notificado nem é arguido” no inquérito. O investigado alega haver uma segunda queixa por difamação que não foi arquivada, mas essa queixa não foi confirmada pela PGR.

Quando o caso foi denunciado nas redes sociais, o Chega foi questionado pelo Correio da Manhã, afirmando ter apurado que não existia nenhuma queixa contra o deputado, coisa que agora a PGR desmente. A investigação já acontecia quando Pedro Pessanha foi colocado nas listas do Chega para as eleições legislativas de 2024.

Pedro Pessanha foi presidente do núcleo de Cascais do CDS, tendo sido expulso porque integrou uma candidatura independente. Foi também cunhado de Nuno Pardal, o vice-presidente da Distrital de Lisboa do Chega que foi acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores.