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Delegação do PPE foi expulsa da Venezuela

Paulo Rangel, cabeça de lista do PSD às eleições europeias, tinha anunciado que ia à Venezuela, juntamente com outros eurodeputados do PPE (Partido Popular Europeu), encontrar-se com Guaidó, presidente da Assembleia Nacional e autodeclarado “presidente interino” da Venezuela. A delegação não tinha sido convidada pelo Governo venezuelano, nem tinha pedido previamente a entrada no país.
Em declarações ao “Observador”, Rangel disse que pediu para ser ouvido por um responsável de “governo de facto”, mas ainda não tinha resposta. Rangel disse então que ia fazer “pedagogia” e explicar a posição do PPE em relação à Venezuela, “a convocação de eleições livres e justas”. Porém, acabou por perder o avião em Madrid e não chegou a embarcar para a Venezuela.
A delegação do PPE que viajou para a Venezuela ficou assim composta pelos eurodeputados Esteban González Pons, José Ignacio Salafranca e Gabriel Mato todos do PP de Espanha e pela eurodeputada Esther de Lange do Partido Democrata Cristão da Holanda.
À chegada à Venezuela, porém, os eurodeputados não foram autorizados a entrar no país pelo Governo venezuelano. No twitter, Esteban González Pons, porta-voz da delegação, queixou-se de lhes terem tirado os passaportes e exclamava: “Estão a tratar-nos muito mal e a única explicação que dão é que Maduro não nos quer aqui”.
Atención,nos han quitado los pasaportes y nos expulsan de Venezuela.Nos están tratando mal y la única explicación que dan es que Maduro no nos quiere aquí.
— González Pons (@gonzalezpons) 17 de fevereiro de 2019
Guaidó também lamentou a não autorização para a delegação do PPE entrar na Venezuela, e o líder do PP espanhol, Pablo Casado, insultou no twitter: “é uma afronta do sátrapa”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Jorge Arreaza, escreveu, também no twitter, que o Governo venezuelano “não permitirá que a extrema direita europeia perturbe a paz e a estabilidade do país com outra das suas grosseiras ações de ingerência”.
El Gobierno Constitucional de la República Bolivariana de Venezuela no permitirá que la extrema derecha europea perturbe la paz y estabilidad del país con otra de sus groseras acciones injerencistas. ¡Venezuela se Respeta!
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) 18 de fevereiro de 2019
Nesta segunda-feira, o presidente do Parlamento Europeu, o conservador italiano Antonio Tajani, que foi braço direito de Berlusconi, criticou a expulsão da delegação do PPE e ameaçou: “espero que o Conselho da União Europeia adote medidas de resposta de acordo com este novo atropelo”.
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