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Conviver com o fogo

Especialistas em prevenção e gestão florestal explicam as medidas-chave para nos anteciparmos aos efeitos devastadores do fogo e como aplicar medidas de restauro dos ecossistemas.
Foto de Cristina Aponte.

Noites asfixiantes em zonas onde nunca foram sentidas, ventos extremamente quentes, odor intenso a fumo, tensão no ambiente enquanto os moradores se organizam para evitar que o fogo devore os seus lares. No melhor dos casos, os bombeiros já estão próximos da zona, e ouvem-se aviões anfíbios e helicópteros sobrevoando; em outros casos, as medidas para apagar o fogo chegam mais tarde do que o que seria desejável. 

Este cenário está a repetir-se num grande número de municípios de Espanha, este verão. Os dados da superfície queimada já admitem que 2022 terá o triste recorde de ser o ano em que mais hectares arderam nos últimos 30 anos. A 31 de julho superámos os 200.000 ha, uma extensão maior que a província de Guipúzcoa. Esta perda de massa florestal implica um aumento direto das emissões de CO2, já que o fogo liberta o carbono armazenado nas plantas e nos solos. Além disso, há perda de biodiversidade e dos serviços do ecossistema, que as florestas nos fornecem, e que vão desde a obtenção de madeira, cogumelos, até à recuperação da água e do solo, ou a obtenção de ar para respirar. Isso sem contar com o mais importante: os dramas pessoais, que incluem a morte de pessoas e danos materiais, além da perda de esperança de quem vive nas zonas rurais e que leva décadas a advertir para o que se está a passar. A população de Espanha passou muitos anos com políticas focadas nas zonas urbanas.

Agora não é o momento para dizer que “estava-se mesmo a ver que isto ia acontecer” e mostrar o que se deveria ter feito, mas sim para arregaçar as mangas e colocar-se ao trabalho, trabalhando na gestão dos habitats priorizando o conhecimento. Basear as decisões de gestão em evidências científicas, adotar uma abordagem integrada, que atenda à multifuncionalidade dos ecossistemas e a todos os fatores dos quais estes dependem. As medidas devem ser priorizadas com foco no mais básico: prevenção, prevenção e prevenção. Um mantra que, por mais que seja repetido por pessoas que vivem no meio rural e por aqueles que se dedicam à engenharia florestal, à biologia da conservação ou ao estudo dos ecossistemas, é esquecido na gaveta pelos gestores do espectro político quando as primeiras chuvas chegam. Em vez disso, para economizar, eles decidem que o investimento para evitar incêndios começará em maio, quando o calor se aproximar. Erro. Quem mora perto da montanha sabe que o trabalho de uma operação de combate a incêndio vai muito além de apagar as chamas.

As soluções sustentáveis ​​para a maioria dos problemas ambientais giram em torno da convivência com o fogo, ou seja, adaptando-se à sua presença antecipando seus efeitos mais devastadores, minimizando o risco e a vulnerabilidade dos sistemas florestais. Para isso, há duas linhas que deviam ser trabalhadas em paralelo: a recuperação da população e o trabalho no campo em áreas onde a demografia entrou em colapso, bem como a gestão florestal das áreas naturais.

Terra sem gente

Os ecossistemas europeus são o resultado da interação humana há milhares de anos. Não há florestas que mantenham as estruturas anteriores ao surgimento do ser humano. A nossa presença gerou as paisagens culturais atuais, onde as espécies que as habitam evoluíram e às quais se adaptaram. A restauração de ecossistemas não pode ser abordada como se o ser humano não existisse ou ignorando que devemos coexistir com o resto das espécies. De facto, um dos maiores problemas ambientais na Europa é o abandono das zonas rurais e a substituição das explorações agrícolas familiares, PMEs que são as que realmente criam emprego e tecido social em Espanha, em favor da produção agroalimentar intensiva, que danifica os habitats ao nosso redor e emprega menos pessoas.

Existe um consenso claro, na comunidade científica, sobre como o abandono agrícola e a expansão e densificação das florestas nesses espaços (onde antes existia exploração florestal, agricultura, pastoreio) criam paisagens cada vez mais homogéneas e vulneráveis ao avanço do fogo. Para reverter esta situação, devem ser tomadas iniciativas que permitam a recuperação de paisagens onde existe um mosaico de utilizações: florestas, culturas herbáceas e lenhosas, pastagens, matos... Esta estrutura atua como um corta-fogos natural, enquanto se gera rendimento que permite à população, que a mantém, viver dignamente dessas atividades. Trata-se de forjar alianças entre a gestão florestal, e outros usos rurais, e permitir que aqueles que vivem da agricultura e da pecuária trabalhem lado a lado com proprietários e gestores florestais, para criar territórios resistentes ao fogo.

 Vegetação que germina após a passagem de um incêndio florestal. Foto de Cristina Aponte.

As florestas que são rentáveis ​​não ardem, ou ardem com menor intensidade, e rentabilidade é sinónimo de gestão ativa do território, e das pessoas que nele vivem. Além de poderem contar com subsídios públicos, que podem ser justificados pela natureza pública de muitos dos serviços que essas montanhas nos prestam, devemos criar modelos de negócio sustentáveis ​​que permitam que as suas populações vivam com dignidade dos bens e serviços que produzem.

O papel dos governos passa por implementar medidas de estímulo e apoio à economia no meio rural que não se limitem a meros subsídios, mas que busquem um efeito transformador: melhorar a fiscalidade e agilizar a burocracia enfrentada por aqueles que investem no meio rural; prestar serviços de saúde, educação e transporte; promover a compra pública de produtos sustentáveis, ​​cuja produção esteja integrada no território (construir edifícios públicos com madeira das nossas florestas) ou valorizar produtos que favorecem a sustentabilidade da floresta, e identificá-los, para que os consumidores saibam que a sua compra apoia economias locais que ajudam a prevenir incêndios e a conservar a biodiversidade. Podem ser exemplos que transcendem os subsídios, os quais, em muitos casos, sufocam a iniciativa das pessoas. Assim, promover uma distribuição mais equilibrada da população, além de ser mais sustentável, torna-se uma medida de prevenção de incêndios.

Estas iniciativas devem ser adaptadas às particularidades de cada território, sua paisagem e seu campesinato. Os atores locais e o seu território não são meros recetores de ideias científicas ou dos governos. Envolver quem vive e conhece o território é essencial para melhorar a nossa proteção contra o fogo, porque, embora qualquer plano de ação seja baseado num mapa, são as pessoas que vivem no território que o conhecem, e a sua participação é vital se se quiser ir além de um projeto escrito. Nesse sentido, a Comissão Europeia vem financiando há algum tempo processos de cocriação que perseguem dinâmicas cruzadas entre pessoal da administração pública, cientistas e população.

Exemplos como a rede de áreas de pasto e corta-fogo da Andaluzia (RAPCA) ou a iniciativa Ramats de Foc (rebanhos de fogo), que promovem o pastoreio em áreas arborizadas onde os animais controlam o excesso de vegetação, mostram que já existem iniciativas que tentam exemplificar uma gestão do território onde todas as partes estão envolvidas.

Ajudar a extinguir, antes que a chama pegue

A silvicultura, ciência que estuda a gestão de florestas e matas, deve focar os seus objetivos em direcionar o ecossistema para a formação de florestas sustentáveis ​​cujo valor paisagístico, económico e natural, aumente. É uma prática cujos resultados são visíveis a longo prazo e que necessita de políticas estruturantes, voltadas para a realidade do meio rural e dos ecossistemas florestais; planeamento e antecipação, dotados de orçamento e pessoal suficientes. Esta prevenção baseia-se num trabalho estável baseado na realidade destas áreas em cada época do ano. Devemos lutar pela prevenção com equipes compostas por quem vive e conhece a região: técnicos, engenheiros e ecologistas que se encarregam de avaliar quais as medidas que devem ser aplicadas em cada local para que, quando chegar o verão, estejamos preparados.

Existem medidas centradas, principalmente, na redução de combustível (quantidade de biomassa) ou mudanças na sua estrutura (tamanho e disposição da biomassa). A redução da biomassa é feita eliminando parte da vegetação arbustiva, principalmente a mais seca, por meio de limpeza, remoção de galhos e troncos mortos e queimadas prescritas. As mudanças na estrutura passam pela elaboração de áreas corta-fogo nas quais o combustível disponível é reduzido, de forma gradual, a partir de estradas e autoestradas. Essas áreas, além de impedir o avanço do fogo, permitem que os meios extintores atuem em caso de incêndio. Da mesma forma, a regulação da densidade de árvores em idade precoce e em alta densidade por meio de roça ou desbaste também são medidas de proteção. Perante um futuro que se espera mais seco e com chuvas irregulares, vale também a pena pensar em áreas de mato, com espécies herbáceas ou arbustivas que necessitam de menos água para se manterem hidratadas, uma boa vacina para evitar grandes incêndios.

Nas zonas de maior risco, é necessário fomentar a regeneração natural de espécies com estruturas físicas defensivas (cortiça ou casca grossa) ou estratégias de regeneração adaptadas ao fogo. A mistura de espécies nativas também é excelente para aumentar a biodiversidade, ao estabelecer povoamentos florestais multifuncionais mais resilientes a novos incêndios. No caso do início de um incêndio, uma floresta mista tem mais opções de recuperação do que uma onde apenas uma espécie cresce (mono-específica), pois apresenta uma maior variedade de estratégias de adaptação e regeneração. A restauração com múltiplas espécies é, sem dúvida, um valor seguro para evitar a propagação do fogo, mas será de pouca utilidade sem a correta aplicação de desbastes e clareiras.

 Paisagem gerida em mosaico com povoamentos de diferentes densidades de plantas com áreas de pastagens e campos de cultivo no Alto Turia, Espanha. Foto de Fernando Pulido/Twitter

A gestão da paisagem baseada na criação de mosaicos que combinam povoamentos com diferentes densidades de plantas com áreas de pastagens e campos de cultivo oferecem menos oportunidades para a propagação do incêndio. Nesse sentido, combinar áreas arborizadas, em que a intervenção é mínima, com massas agroflorestais e campos de trabalho é uma boa estratégia que, mais uma vez, precisa de pessoas que convivam e convivam com a natureza que as cerca. O exemplo do projecto Mosaico, na Sierra de Gata e Las Hurdes (Extremadura), que funciona em terrenos públicos e privados com inúmeras propostas e onde mais de metade dos empresários têm menos de quarenta anos, mostra que uma mudança na gestão do território é possível.

Todas estas medidas, baseadas na gestão integral e multidisciplinar das florestas, são o princípio para evitar que a chama pegue, sim, mas se o fogo ainda ocorrer, é fundamental analisar a situação para estabelecer um restauro adequado, uma vez extinto.

O que fazer depois do fogo?

Gostaríamos de dizer que depois de um incêndio a solução é simples: as árvores foram queimadas, então plantamos mais e pronto, mas não é. Não existem soluções únicas para minimizar o impacto dos incêndios florestais, que são processos ecologicamente e socialmente complexos, que requerem análise e interpretação de informações antes e depois de cada caso. Um incêndio em solo silicioso não é o mesmo que num calcário, e o que funciona para os moradores de El Courel pode não funcionar para os de Monfragüe.

O fogo faz parte da dinâmica natural da floresta mediterrânica e, como tal, as suas espécies estão adaptadas a esta perturbação. De facto, os incêndios florestais tornam-se necessários para garantir a sua regeneração. Muitas espécies de plantas precisam dele para que suas sementes germinem, ou para aumentar a germinação. Face a estas características particulares, os ecossistemas mediterrâneos tendem a regenerar-se bem após os incêndios, razão pela qual em muitos casos a melhor medida é não fazer nada (restauração passiva). No entanto, as características históricas dos incêndios estão a mudar, e os novos regimes de fogo, muito mais virulentos, ultrapassam a capacidade de adaptação, reduzindo permanentemente a biodiversidade e a funcionalidade do ecossistema.

 Germinação de vegetação 2 meses após a passagem de um incêndio. Foto de Manuel Esteban.

Uma gestão correta passa por desenvolver estratégias que visem promover a capacidade de recuperação ou resiliência do ecossistema, e assumir que a melhor solução possível em cada caso concreto pode envolver uma mudança na nossa perceção do papel que o fogo desempenha na estruturação da floresta. O processo visa acelerar a reparação das funções do sistema danificado e geralmente dura entre um e três (clima atlântico) ou cinco anos (clima mediterrâneo), dependendo da intensidade do fogo e das características da área afetada.

A estabilização de emergência pós-incêndio compreende um conjunto de ações de curto prazo (de alguns meses a um ano após o incêndio) destinadas a identificar ameaças iminentes à vida humana. Trata-se de garantir serviços básicos para a população. Esta primeira estabilização dá especial atenção à redução do risco associado à deterioração do solo e às condições hidrológicas das bacias florestais afetadas. Na verdade, toma estas últimas como unidades de planeamento e execução das tarefas para mitigar o impacto sofrido.

O solo, a base sobre a qual tudo se reconstrói

Os efeitos mais evidentes e marcantes dos incêndios são os que afetam os valores culturais e estéticos das florestas e o desaparecimento da vegetação e da diversidade florística, que é também habitat e fonte de recursos para a fauna. Algo que passa mais despercebido são seus efeitos no solo.

Os solos são um grande reservatório de biodiversidade, e o elemento essencial para a recuperação integral do ecossistema. Os habitantes do solo incluem (mas não estão limitados a) minhocas, ácaros, nematodes, bactérias e fungos. Estes organismos, essenciais para a recuperação da funcionalidade e fertilidade do solo, são responsáveis ​​pelo sequestro de grande quantidade de carbono. Transformam os detritos vegetais em matéria orgânica e nutrientes, e modificam a estrutura do solo, favorecendo a infiltração de água, fatores essenciais para a sobrevivência e recuperação das plantas.

Entre estes microrganismos destacam-se os fungos micorrízicos, que formam simbioses com as raízes das plantas, às quais facilitam a aquisição de água e nutrientes em troca de açúcares provenientes da fotossíntese. Os fungos micorrízicos podem ligar-se a várias plantas ao mesmo tempo, gerando redes através das quais as plantas hospedeiras trocam recursos entre si. A recuperação do ecossistema edáfico vem de áreas adjacentes de florestas não queimadas e daqueles organismos resistentes que persistem mais profundamente nas camadas minerais do solo.

 Estruturas elaboradas com restos de vegetação queimada pelo incêndio para reter o solo, enquanto não há vegetação. Foto de Manuel Esteban

Se, uma vez apagado o fogo, forem tomadas algumas medidas simples para proteger o solo dos processos erosivos causados ​​pelas chuvas, evidências científicas indicam que, com o tempo, o equilíbrio da comunidade original acaba por ser restabelecido. A gestão do combustível queimado para a construção de estruturas de proteção do solo e, sobretudo, a adição de acolchoamento, ou cobertura da superfície com palha ou aparas, têm-se mostrado as medidas mais eficazes para reduzir a perda de solo por erosão após incêndios de alta intensidade. Também limitar a presença de gado para evitar a compactação do solo, e impedir que comam as plantas em regeneração, ajuda a ativar a restauração do sistema.

 Solo arrastado pelas primeiras chuvas após um incêndio. Foto de Manuel Esteban.

Atividades a médio prazo, tais como promover áreas com menor densidade vegetal - onde a intensidade do fogo e as temperaturas atingidas são menores, permitindo a sobrevivência de algumas comunidades edáficas - ou garantir a progressão da regeneração após um incêndio, podem ser essenciais na recolonização. Por sua vez, os fungos micorrízicos do solo e das raízes podem permanecer ativos por vários meses após o derrube das árvores, mas também declinam rapidamente se não houver novas raízes para colonizar. Para garantir a correta recuperação destes fungos, essenciais para espécies como pinheiros, azinheiras ou carvalhos, é necessário monitorizar a germinação natural após o incêndio e, se insuficiente, considerar a replantação nos dois anos seguintes à remoção da madeira, para evitar dificuldades na regeneração da parcela.

Rumo a um ecossistema funcional e resiliente

Depois de abordar a situação do solo, a remoção de árvores queimadas é uma medida controversa, mas necessária em alguns casos, para induzir a espécie a germinar mais vigorosamente ou evitar infestações de insetos perfuradores nas árvores sobreviventes, que, além disso, se podem espalhar para áreas não queimadas. Do ponto de vista económico, a extração das árvores, antes que apodreçam completamente, pode gerar rendimento que reverte para a recuperação da floresta. No entanto, a remoção completa de todas as árvores pode aumentar o escoamento ou diminuir o habitat de outras espécies. É importante estudar cada situação para planear as medidas mais adequadas no espaço e no tempo; de facto, a restauração de ecossistemas queimados não deve ser feita tendo apenas em consideração as espécies que existiram no passado, mas também aquelas que melhor resistirão no futuro. Novamente a análise de cada caso é essencial.

 Remoção de árvores queimadas após um incêndio florestal. Foto de Cristina Aponte.

A reabilitação oferece uma oportunidade interessante para abordar uma mudança de espécie se esta for considerada apropriada. Muitos incêndios possibilitam o início de uma nova etapa na trajetória da vegetação dominante no ecossistema queimado, transformando-o numa floresta mista. Se as condições fisiográficas do solo, erosão ou degradação anterior, assim o recomendarem.

Para ter informações disponíveis para realizar um diagnóstico sobre o grau de recuperação da vegetação, tanto em termos de cobertura como de composição, foram desenvolvidas novas tecnologias baseadas em sensores remotos alojados em diferentes sistemas, desde satélites a drones. Esta metodologia permite avaliar a capacidade de resiliência, e a qualidade florestal da área afetada, durante os primeiros anos de regeneração, para avaliar se é necessário continuar com o repovoamento ou se a própria dinâmica da massa florestal será suficiente para recuperar o ecossistema através da ativação do banco de sementes ou da germinação. A partir deste ponto, a silvicultura pode ajudar a preparar a futura floresta, mato ou área agrícola e pecuária, contra um novo incêndio, através do desbaste e seleção de árvores e matos adequados, iniciando um novo ciclo de silvicultura preventiva.

Mais perigoso do que um incêndio florestal é que isso aconteça novamente. A floresta, como um sistema aberto que se organiza, pode se recuperar de um incêndio. Não esperemos ter o mesmo habitat, mas o ecossistema florestal continuará a existir. No entanto, dois incêndios no mesmo local, em menos tempo do que o necessário para sua recuperação, levariam inevitavelmente à perda definitiva do ecossistema arborizado. 

A silvicultura e a gestão florestal são as nossas respostas para ajudar a floresta e, não se engane, enquanto vivermos neste planeta, somos os primeiros interessados ​​em manter florestas e ecossistemas saudáveis.


Artigo originalmente publicado no site do CSIC. Tradução de Marco Marques para o Esquerda.net.


Autores do artigo

Cristina Aponte: Investigadora Ramón y Cajal em Ecologia Florestal, Instituto Nacional de Investigación y Tecnología Agraria y Alimentaria (INIA - CSIC)

Andrés Bravo Oviedo: Cientista Titular (Recursos Naturais), Museo Nacional de Ciencias Naturales (MNCN-CSIC)

Xiomara Cantera: responsável pela imprensa no Museo Nacional de Ciencias Naturales (MNCN-CSIC)

Manuel Esteban Lucas-Borja: Professor no Departamento de Ciencia y Tecnología Agroforestal y Genética da E.T.S.I. Agrónomos y de Montes de Albacete, Universidad de Castilla-La Mancha

Javier Madrigal: Investigador de Incêndios Florestais, Instituto Nacional de Investigación y Tecnología Agraria y Alimentaria (INIA – CSIC)

Leticia Pérez-Izquierdo: Investigadora em Ecologia Microbiana, bc3 - Basque Centre for Climate Change

Ana Rincón: Investigadora no Departamento de Suelo, Planta y Calidad Ambiental, Instituto de Ciencias Agrarias (ICA - CSIC)

Elsa Varela: Investigadora en socio-economia e governança de sistemas rurais, Centro de Ciencia y Tecnología Forestal de Cataluña

 

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