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Assassino de Marielle recebeu 25 mil euros em outubro

O depósito da quantia foi feito no banco na conta de Ronnie Lessa, alegado autor dos disparos sobre Marielle Franco, no dia 9 de outubro, ou seja, sete meses após a ocorrência do crime e dois dias após a primeira volta das últimas eleições brasileiras.
Fotografia de Paula Nunes
Fotografia de Paula Nunes

O COAF, organismo público de controlo de movimentações financeiras do Brasil, descobriu na semana passada que foi feito um depósito de 100 mil reais, cerca de 25 mil euros, na conta de Ronnie Lessa, o alegado autor dos 13 disparos que mataram Marielle Franco e o seu motorista Anderson Gomes.

A data da transferência não será de somenos: sete meses após o assassinato e dois dias após a primeira volta das eleições presidenciais.

Tanto Ronnie Lessa como Élcio Vieira de Queiroz estão a responder por duplo homicídio triplamente qualificado. Esta sexta-feira, a justiça do Estado brasileiro do Rio de Janeiro aceitou a denúncia contra ambos. Agora, aguardam julgamento em prisão de segurança máxima. A acusação tem como agravantes “emboscada, dificuldade de defesa da vítima e motivo fútil”.

Embora Bolsonaro negue a ligação ao crime, as coincidências abundam. Entretanto, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) apontou relações entre o clã Bolsonaro e a milícia carioca, diretamente ligada ao assassinato de Marielle.

Entretanto, descobriu-se ainda que Bolsonaro era vizinho de Ronnie Lessa, embora o primeiro diga não se recordar. No mesmo sentido, a imprensa brasileira também tem dito que um dos filhos de Bolsonaro, Jair Renan, teve uma relação amorosa com a filha de Lessa. Segundo a Folha, Bolsonaro disse o seguinte: “Meu filho Jair Renan disse naquele linguajar: ‘papai, namorei todo mundo no condomínio, não lembro dessa menina”.

Tanto no Brasil como fora do país, milhões de pessoas pedem justiça e continuam a querer saber quem mandou matar Marielle.

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