Greve Geral 27 junho 2013

Neste artigo, o esquerda.net dá conta da adesão à Greve Geral um pouco por todo o país, incluindo informações sobre o setor público e setor privado. Última atualização pelas 21h20 de 27.06.2013.

Um grupo de manifestantes da Greve Geral saiu de São Bento em direção à zona das Amoreiras, cortando a auto-estrada que liga Lisboa a Cascais. Em seguida dirigiram-se a um dos acessos à Ponte 25 de Abril, onde a polícia lhes cortou o caminho, conduzindo-os a uma rua lateral para identificação e revista.

Arménio Carlos e Carlos Silva coincidem em afirmar que a greve geral desta quinta teve uma “forte adesão”, superior às anteriores. Para a CGTP, o governo é um “exterminador de emprego” que tem de sair o mais brevemente possível. A UGT pede o fim da submissão à troika.

A Greve Geral, que teve uma elevada adesão e paralisou em grande parte o país, foi acompanhada de concentrações e desfiles em mais de 40 cidades. Publicamos neste artigo fotos de algumas dessas concentrações e também de alguns piquetes.

A notícia do protesto dos trabalhadores portugueses contra a austeridade e pela demissão do Governo está a dar a volta ao mundo, dos Estados Unidos à Nigéria, passando pela América Latina e pelos países europeus. 

Num dia de Greve Geral, Pedro Filipe Soares assinalou o silêncio da direita da AR sobre o protesto que está a parar o país e que serve para tomar balanço para derrubar o Governo.

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Precários Inflexíveis, Artigo 74 e outros coletivos e movimentos fizeram um piquete na Praça Duque de Saldanha, que parou o trânsito numa parte importante da cidade de Lisboa durante cerca de meia hora.

Em declaração ao esquerda.net, o coordenador do Bloco de Esquerda considera que “estamos perante uma das maiores greves gerais da democracia portuguesa” e salienta: “Esta greve geral deixa o governo ainda mais fraco e isolado e aponta lhe o caminho da demissão”.

A Greve Geral está a ter grande adesão. A paralisação é particularmente significativa nos setores dos transportes, saúde pública e recolha de lixo. Também no setor privado a greve tem elevados níveis de adesão, salientando-se a paralisação total da Autoeuropa. No Porto, os autocarros dos STCP estão totalmente parados. O serviço de informações da Lusa está interrompido. Catarina Martins salienta a “grande adesão” e a “solidariedade de toda a população”.

Notícia em atualização

Às primeiras horas da Greve Geral, a paralisação nos transportes coletivos do Porto (STCP) é total, com 100% de adesão dos trabalhadores. A coordenadora do Bloco, Catarina Martins, afirma que: “quem faz greve hoje está proteger o trabalho, está a proteger o emprego, está a lutar contra uma política que está a destruir o país”.

A Greve Geral começa com grandes paralisações no setor dos transportes. Nas primeiras horas, a paralisação é total no transporte ferroviário, no transporte fluvial nos rios Tejo e Sado e no metropolitano de Lisboa. Muitos portos estão encerrados. Nos STCP no Porto, a paralisação também é total.

O metro de Lisboa encerrou totalmente às 23.30. No centro de resíduos sólidos da Câmara de Lisboa (CML) a paralisação é superior a 90%. O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, afirmou aos trabalhadores da CML que “esta greve geral” pretende “mostrar ao Governo que não tem condições para continuar”. Carlos Silva, secretário-geral da UGT, afirmou que o “momento é de todos se unirem”. João Semedo esteve também na CML e no Metro de Lisboa.

O PEE considera que "defender os direitos conquistados após a Revolução dos Cravos é um ato de dignidade coletiva e de cidadania". E denuncia que toda a austeridade sofrida pelo povo português com o memorando da troika foi em vão, uma vez que a dívida continua a crescer e a economia a definhar. 

CGTP acredita em grande adesão que resultará numa enorme derrota do governo, UGT diz que a paralisação será um grito de insubmissão contra a austeridade. A greve geral desta quinta-feira é a quarta enfrentada pelo governo Passos Coelho/Paulo Portas e a segunda promovida pelas duas centrais sindicais.

O Sindicato dos Jornalistas, que já apresentou um pré-aviso de greve, como “forma de contribuir para a unidade de todos os trabalhadores para travar a marcha que leva o país à destruição e à pobreza” apela à mobilização de todos os jornalistas. Presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais sublinha que não há dúvidas da justificação desta greve.

O secretário-geral da CGTP apelou à participação das pessoas na Greve Geral, salientando que “quanto menos oposição houver a este Governo, mais destruição do tecido económico e social” haverá e “mais falências, mais despedimentos e mais desemprego” ocorrerão. Para o dia da Greve Geral estão convocadas concentrações e manifestações em mais de 40 cidades.

O coordenador bloquista prosseguiu esta segunda-feira o contacto com os sindicatos, no âmbito da preparação da Greve Geral de 27 de junho. João Semedo diz que esta é também a greve "de todos os portugueses que não querem dispensar os serviços públicos".

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, acusou o governo de estar a negociar com a troika “mais tempo e mais austeridade”. O deputado bloquista apelou também à participação na Greve Geral, “um momento importante para dizer aos governantes que estão a mais”.

A Greve Geral de 27 de Junho em Portugal é contra um governo em fim de linha a que falta legitimidade política e não tem mandato para esta devastação austeritária.

Francisco Alves

Mais de uma centena de docentes e investigadores juntaram-se este sábado em frente ao Ministério da Educação, em protesto contra a situação de "abandono" a que Nuno Crato tem votado o Ensino Superior e a Ciência. O SNESup apela à participação na Greve Geral de 27 de junho e até irá realizar outras ações de debate e protesto.