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Fundo de Resolução diz que não paga serviços a ex-assessora de Salgado

A notícia foi conhecida em setembro, após a conclusão da auditoria da Deloitte: o departamento de compliance do Novo Banco tinha chumbado, alegando riscos reputacionais, a contratação da empresa Alantra para assessorar a venda de ativos do banco. A filial portuguesa da empresa espanhola é liderada por Rita Barosa, ex-assessora de Ricardo Salgado e considerada figura próxima de Amílcar Morais Pires. Apesar do chumbo, a administração do Novo Banco avançou para a contratação, alegando estar a contratar a Alantra Espanha. Foi esta empresa que recomendou os descontos ao pacote de “ativos problemáticos” conhecido por Projeto Viriato, vendido a um fundo por 364 milhões, cerca de metade do seu valor contabilístico.
Agora, noticia o jornal Público, o Fundo de Resolução afirma que não está disposto a pagar os custos suportados pelo Novo Banco com quaisquer serviços de assessoria prestados pela Alantra, referindo que o banco lhe omitiu esta informação logo em abril de 2018. Na sequência de denúncias anónimas, o Fundo tinha requerido em dezembro de 2018 mais informação sobre a existência dos pareceres negativos do departamento de compliance do banco. Mas só dois anos depois, com a auditoria da Deloitte, viu que essas denúncias tinham fundamento.
José Gusmão: “Estou certo de que todos os cidadãos gostavam de ser o Novo Banco”
O eurodeputado bloquista José Gusmão reagiu nas redes sociais à notícia do Público com críticas à postura do Fundo de Resolução por não tirar mais consequências da atitude da administração do Banco para além de não pagar os custos com a Alantra. "Mas irresponsáveis são os que querem uma auditoria séria antes de o Estado entregar mais dinheiro", contrapõe.
“A filosofia do Novo Banco é que, com as autoridades portuguesas, tenta-se sempre. Se se for apanhado, não acontece nada. É isto que queremos?”, questiona José Gusmão, dizendo-se certo de que “todos os cidadãos gostavam de ser o Novo Banco”.
O Fundo de Resolução acusa o Novo Banco de incumprimento dos deveres contratuais por ter omitido informação relevante....
Publicado por José Gusmão em Segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
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