Pela primeira vez, na história da nossa democracia, a esquerda perdeu para a direita a maioria do eleitorado, e essa realidade tem que ser bem analizada.
As forças democráticas devem encarar formas de se oporem ao avanço da extrema-direita, na política, na sociedade, na cultura e na economia, em conjunto, sem preconceitos, ultrapassando diferenças e sectarismos.
Esta é a realidade do governo da AD, a destruição dos serviços públicos, e a inadmissível submissão às posições da extrema-direita. Será contra este estado de coisas que teremos que construir unidade na luta com todos os que assim quiserem, pela dignidade humana e pela Paz.
A democracia, sob pena de se autodestruir não pode aceitar as fórmulas neoliberais do individualismo e do egoísmo selvagens que procuram subverter tudo o que foi conquistado pelos trabalhadores, em termos de direitos do trabalho e do Estado Social.
O combate pela democracia e pela liberdade é o combate por um novo contrato social, que estabeleça a igualdade, o cuidado e o ambiente como princípios, contra o obscurantismo e o retrocesso, que faça valer a comunidade contra o egoísmo e a esperança contra o ressentimento.
Tomar conhecimento do passado e reflectir criticamente sobre o mesmo ajuda à consciência cidadã e à democracia, a prevenir-se contra os avanços da extrema-direita, que tudo fará para destruir o Estado Social pondo em causa os Direitos Humanos e a Justiça Social.
Para evitar um governo de esquerda, Macron não hesitou em aliar-se a essa mesma extrema-direita, como tem vindo a ser habitual nos partidos liberais por toda a Europa. A esquerda europeia deve manifestar a sua solidariedade com a Nova Frente Popular.
A solução para os muitos conflitos que estão a acontecer no mundo é a negociação intermediada pela ONU e o cessar-fogo imediato, e no caso da Palestina o seu reconhecimento como estado soberano pela comunidade internacional.