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Venezuela: “Não estamos a olhar para uma situação democrática"

No dia em que se elege a Assembleia Constituinte da Venezuela, Catarina Martins lembrou que no país “não estão garantidas condições de liberdade e de pluralidade e há também uma enorme ingerência externa que condiciona muitas decisões que são tomadas”.

Questionada sobre a situação na Venezuela, Catarina Martins referiu este domingo que os bloquistas nunca confundiram “a democracia com o ato formal de voto", salientando que "há muitas ditaduras em que se vota, como por exemplo em Angola, e não são uma democracia".

"Portanto, o facto de existir hoje [na Venezuela] um ato em que as pessoas vão votar não significa que seja democrático, porque as condições da democracia exigem liberdade de expressão, pluralidade de opiniões, imprensa livre, e que haja capacidade dos próprios países tomarem decisões", frisou.

"Na Venezuela não estão garantidas condições de liberdade e de pluralidade e há também uma enorme ingerência externa que condiciona muitas decisões que são tomadas e, portanto, sobre todos os pontos de vista, diria que não estamos a olhar para uma situação democrática", sublinhou a coordenadora bloquista.

Catarina Martins afirmou-se preocupada com a situação de instabilidade no país e frisou que espera que a comunidade portuguesa aí residente seja acompanhada da melhor maneira possível.

Os venezuelanos votam este domingo para eleger uma Assembleia Constituinte, num sufrágio convocado pelo presidente Nicolás Maduro, com o principal objetivo de alterar a Constituição em vigor.

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