Nas próximas semanas há três ações de denúncia do genocídio em Gaza e contra a ação de Israel na Palestina. Depois do período de campanha eleitoral, a solidariedade com a Palestina volta a marcar a agenda da sociedade civil em Portugal, com ações em Lisboa.
Logo na terça-feira, dia 27 de maio, há uma manifestação em frente à Assembleia da República pelas 12h, convocada por cidadãos israelitas a viver na Europa que condenam o Governo israelita. É uma ação que vai acontecer simultaneamente em Paris, Berlim, Milão, Bruxelas, Amesterdão, Madrid, Copenhaga, Londres, Frankfurt, Barcelona e Estrasburgo.
A convocatória apela ao fim do genocídio e da cumplicidade com Israel, bem como ao embargo total às armas exportas da Europa para aquele Estado e exige a suspensão do acordo de associação UE-Israel.
Genocídio
Em Gaza, “a única coisa a entrar são as bombas” e 14 mil bebés podem morrer à fome nas próximas horas
“Exortamos os governos europeus, as instituições e a sociedade civil a agirem de acordo com os valores que afirmam defender: direitos humanos, direito internacional e proteção da vida civil”, lê-se no texto. “As palavras de preocupação já não são suficientes. Quando o direito internacional é violado de forma tão aberta, quando comunidades inteiras são deslocadas e passam fome, quando o assassinato de civis é justificado sob a bandeira da autodefesa, temos de responder com uma ação baseada em princípios.”
Em vários datas há ações nacionais "pelas crianças de Gaza". Em Lisboa no dia 30 de maio, a partir das 17h na Rua do Carmo. Em Coimbra no mesmo dia, também às 17h na Rua Visconde da Luz. A 31 de Maio na Praia do Sul, na Ericeira, a partir das 11h. No Porto é a 1 de Junho, a partir das 10h na Avenida Marechal Gomes da Costa e em Setúbal também no primeiro dia do mês na Praça do Bocage.
O objetivo da ação é sensibilizar para as mortes de crianças na faixa de Gaza e os participantes são encorajados a trazer roupas, sapatos e brinquedos (dos 0 aos 8 anos) para montar instalações de denúncia do genocídio em curso.
Também no dia 1 de junho, Dia da Criança, o coletivo Pais Pela Paz, a Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestiniano e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) organizam uma atividade com o mote “Jardim da Paz” no Centro Cultural Jardins do Bombarda, entre as 11h e 17h.
Bazar solidário, hora do conto, workshops de artivismo, piquenique, música e dança fazem parte do programa para domingo, numa atividade que quer “relembrar todas as crianças Palestinianas que já não brincam, que já não sorriem, as que deixaram este Mundo cedo de mais, e as que continuam a sofrer, sem saber se e quando voltarão a ter segurança, comida, água, e o direito a ser criança”.
É um evento solidário, com o intuito de angariar fundos para apoiar iniciativas que apoiam as famílias e crianças na Palestina. Um dia “pelas crianças e para as crianças”, com programação para toda a famílias porque “o ativismo não se faz só nas ruas a gritar”.
Finalmente, no dia 4 de junho, o MPPM convoca uma manifestação em solidariedade com a Palestina e pelo fim do genocídio, com ponto de partida às 18h no Largo do Chiado. O protesto seguirá até ao Largo 1.º de Dezembro.
Israel continua a bloquear a entrada de ajuda humanitária em Gaza, com Netanyahu a comprometer-se em deixar entrar apenas um “mínimo” de alimentos em Gaza, mas fora da rede da ONU. O risco para a morte de bebés na Faixa de Gaza continua a aumentar e a falta de alimentos é crítica.