Palestina

“Vamos parar o barco!”: concentração quer pressionar governo a agir sobre Kathrin

10 de setembro 2024 - 18:39

Ativistas pela Palestina querem pressionar governo a retirar bandeira ao navio que transporta explosivos com destino a Israel. Concentração está marcada para dia 12 de setembro às 18h, em frente à atual sede do conselho de ministros.

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Manifestação de apoio à Palestina
Fotografia de Ana Mendes

Foi convocada para a próxima quinta-feira, dia 12 de setembro, uma concentração com o objetivo de pressionar o governo português a agir sobre o navio Kathrin, que carrega explosivos RDX cujo destino final é Israel. A mobilização está marcada para as 18h em frente à atual sede do conselho de ministros, em frente ao Campo Pequeno, em Lisboa.

A concentração, que foi convocada pelo Comité de Solidariedade com a Palestina e com o apoio do Movimento pelos Direitos do Povo Palestiniano e pela Paz no Médio Oriente e do Coletivo pela Libertação da Palestina, quer pressionar o governo português a retirar imediatamente a bandeira do MV Kathrin, a proibir a venda de pavilhão português a qualquer embarcação envolvida com o genocídio, e também a proibir o trânsito de navios que transportem armas destinadas a Israel e a abster-se de qualquer cooperação militar com Israel.

A convocatória sublinha que Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros, se recusa a retirar a bandeira portuguesa ao navio, “alegando contra todas as evidências que nem a carga tem material militar, nem o destino é Israel”, coisa que ficou já provada pela jornalista Alexandra Lucas Coelho, que revelou documentos que comprovavam a carga e o destino dessa carga.

Segundo os organizadores da concentração, “a resposta de Rangel ignora assim a resolução do Conselho dos Direitos Humanos da ONU apelando a que os Estados cessem a venda, transferência e desvio de armas, munições e outro equipamento militar para Israel”.

O cargueiro Kathrin transporta oito contentores de explosivos RDX com destino a Israel. O navio esteve parado ao largo da África austral depois de ser proibido de atracar na Namíbia e em Angola devido à sua carga. Agora segue para Montenegro, com destino final na Eslovénia, onde a carga explosiva deve então seguir viagem para Israel.