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Trabalhadores europeus solidários com a luta na Nobre

Os trabalhadores europeus do grupo mexicano Sigma, que detém a Nobre Alimentação, manifestaram “repúdio e indignação” pela recusa da administração da empresa portuguesa de todas as propostas feitas pelos trabalhadores.
Trabalhadores protestam em frente à Nobre., em Rio Maior.
Greve na fábrica de carnes Nobre, em Rio Maior, em abril. Foto SINTAB/Facebook

O Comité de Empresa Europeu do Grupo Campofrío, reunido na passada segunda feira, transmitiu "todo o apoio e solidariedade com a luta dos Trabalhadores da Nobre Alimentação por melhores salários e condições de trabalho", diz o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabaco de Portugal (SINTAB) em comunicado.

A moção apresentada pela representante Portuguesa neste encontro, expressando profunda preocupação com as atuais condições laborais em Portugal, foi aprovada por unanimidade. Tal como outra moção, redigida na própria reunião, a sugerir aos responsáveis da Campofrío que "encontrem pontos de equilíbrio de modo a alcançar um acordo que vá de encontro à satisfação das reivindicações dos trabalhadores portugueses".

Numa das moções aprovadas, os representantes dos trabalhadores ao serviço das empresas que, tal como a Nobre Alimentação, são detidas pelo grupo multinacional mexicano Sigma, expressam o seu "total repúdio e indignação" ao tomarem conhecimento que o subsídio de alimentação pago a quem trabalha na Nobre apenas aumentou 70 cêntimos nos últimos 14 anos e que todas as propostas do caderno reivindicativo dos trabalhadores foram rejeitadas pela administração, mesmo após a greve que teve lugar no final de abril.

Os trabalhadores da Nobre reivindicam aumentos dignos e um salário mínimo na empresa de 850 euros, atualização do subsídio de alimentação para sete euros diários, 25 dias úteis de férias para todos, a redução do horário para as 35 horas semanais e direito ao dia do aniversário do trabalhador ou dos filhos até 12 anos. Os seus colegas do grupo Sigma dizem que as propostas "não são descabidas e apenas almejam a obtenção de um nível de vida mais saudável e menos penoso", pelo que se comprometem a acompanhar a situação na fábrica portuguesa de processamento de carnes.

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