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Trabalhadores do SUCH estão em greve esta segunda-feira

A administração “foge ao diálogo” e os trabalhadores querem avanços nos seus direitos, um reforço dos quadros de pessoal, atribuição de subsídio de risco a todos os trabalhadores, melhoria de condições de trabalho e aumento de remunerações.
Trabalhadores do SUCH. Foto da CGTP.
Trabalhadores do SUCH. Foto da CGTP.

Os trabalhadores do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais fazem esta segunda-feira greve ao mesmo tempo que se concentram em frente a vários hospitais.

Estes trabalhadores asseguram serviços hospitalares como a alimentação, as lavandarias, a manutenção, a gestão de resíduos e serviços administrativos. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro, as suas principais reivindicações, aprovadas em plenários, são aumentos intercalares dos salários e do subsídio de alimentação ainda em 2023, melhoria das condições de trabalho, reforço dos quadros de pessoal, redução da jornada diária de trabalho e atribuição do subsídio de risco a todos os trabalhadores.

No comunicado em que avança as razões para a greve, o sindicato acrescenta que os trabalhadores “não compreendem que tendo sido solicitado o agendamento de uma reunião para as abordar, o CA SUCH não indicasse existir disponibilidade para reunir e as abordar”, uma atitude que caracteriza como fuga ao diálogo.

O Sindicato da Hotelaria do Centro acrescenta ainda que os trabalhadores “sabem que só um Serviço Nacional de Saúde forte, com os investimentos que necessita e com os seus profissionais bem remunerados e com condições de trabalho dignas, pode combater o negócio da saúde que representa hoje a hospitalização privada, a quem o estado já paga prestações de serviço que deveriam ser feitos pelo SNS, quase 50% do que o Orçamento Geral do Estado determina para a Saúde”.

Ao Jornal do Centro, Afonso Figueiredo, dirigente deste sindicato, explica que o principal objetivo da paralisação é “obrigar a empresa a sentar-se e encontrar pontos de encontro e soluções para os problemas colocados”. E, a partir do exemplo do Hospital de Viseu, explica as condições de trabalho a que estão sujeitos: “quando um trabalhador entra lá para trabalhar com uma oferta salarial baixa, ritmos de trabalho intensos porque o quadro de pessoal é reduzido, trabalho ao sábado, domingo e aos feriados, horários desregulados, propostas constantes da alteração do horário de trabalho para fazer face ao quadro de pessoal reduzido, é claro que isto leva a que não permaneça muito tempo ao serviço da empresa e que procure uma alternativa no mercado de trabalho”.

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