Os trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) vão estar em greve no próximo sábado, dia 24 de maio, com uma concentração marcada para as 11h na Estação de S. Bento, no Porto, que seguirá para a sede da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS). A ação de luta é convocada pelos sindicatos que participam na mesa negocial com a CNIS.
Em causa está a desvalorização dos trabalhadores, das carreiras e das profissões. A CNIS respondeu com silêncio à proposta de revisão do Contrato Coletivo de Trabalho para 2025 apresentado por sete organizações sindicais. Agora, “após três meses de negociações, a CNIS volta a propor salários mínimos para trabalhadores de exigência máxima”, lê-se no comunicado da greve. “Ao longo dos anos, a CNIS insiste em não valorizar os trabalhadores nas suas carreiras e profissões – aliada a um Governo que contribui para esta realidade de salários baixos, não contribuindo verdadeiramente para a nossa valorização”, dizem os sindicatos.
Cuidados
Trabalhadores das IPSS fizeram “maior greve das últimas duas décadas” e olham para o futuro
Para além do aumento dos salários, o CESP, a FENPROF, o SEP, o SIFAP, a FESAHT, o SFP e o STSSSS exigem a redução do horário laboral para as 35 horas semanais, o direito à conciliação dos horários de trabalho com a vida familiar, o complemento do trabalho aos domingos e o fim da discriminação salarial dos educadores de infância em creche.
Face a uma desvalorização sistemática por parte da CNIS e do Governo, os trabalhadores das IPSS sublinham que não vivem “de palavras de reconhecimento nem de proclamações vazias” e exigem respeito, bem como um aumento salarial de pelo menos 80€ para todos os trabalhadores.
Na véspera, dia 23, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) convocou por seu lado uma greve e concentração a partir das 14h30, no Largo do Terreiro, junto à sede da CNIS no Porto.
