Sem respostas às reivindicações nem sinais de abertura ao diálogo por parte da administração, o Sindicato das Indústrias, Energia, Serviços e Águas de Portugal (SIEAP) regressou à luta que tem desenvolvido nos últimos meses através de uma greve que até sexta-feira irá abranger as duas primeiras e as duas últimas horas de cada turno.
Esta segunda-feira, o secretário-geral do SIEAP, Cláudio Santiago, falou à agência Lusa da “mobilização significativa dos trabalhadores” que nos dois primeiros turnos do dia tinha afetado 50% das operações. Ou seja, “das 12 gruas a operar, seis estão paradas”, afirmou o sindicalista.
“Esta greve é uma consequência direta das decisões unilaterais que são tomadas pela administração da empresa”, nomeadamente “a questão dos horários de trabalho, que foram alterados sem qualquer aviso prévio e a quebra de compromissos ao cessar o acordo que garantia as progressões nas carreiras”, prosseguiu Cláudio Santiago, esperando que a paralisação “possa abrir portas a uma real negociação e, acima de tudo, encontrarmos pontos comuns para ultrapassar essas dificuldades”.