Os trabalhadores da PSA Sines e da LaborSines que trabalham no terminal XXI deram início esta segunda-feira, com forte adesão, a mais uma semana de greve às duas últimas horas de cada turno, que se prolonga até 31 de agosto.
"Temos como principais reivindicações a empresa voltar às negociações com o sindicato e depois, a partir daí, começarmos a trabalhar com o objetivo principal, que é o horário, e mais tarde, as nossas tabelas salariais. Mas, principalmente e numa primeira fase, o horário é o mais importante. Temos quatro meses, ou seja, maio, junho, julho e agosto com um horário muito pesado em termos de verão e queremos alterar para o horário que fosse mais equilibrado em termos de saúde e de família", explicou à TSF Luís Guerreiro, porta-voz do do Sindicato das Indústrias, Energia, Serviços e Águas de Portugal (SIEAP).
Esta é a segunda semana de protesto através da greve parcial este mês e as respostas da administração tardam em chegar. O nível de adesão rondou os 90% na greve entre 11 e 17 de agosto, adianta o sindicato.
O secretário-geral do SIEAP, Cláudio Santiago, justificou à Rádio Sines a opção pela greve parcial e não total: por um lado, “para não criar um impacto tremendo do ponto de vista financeiro para os trabalhadores; e por outro “porque não queremos penalizar as operações, com desvio das cargas no maior porto nacional, com impacto tremendo na economia” do país, afirmou o sindicalista.
Mas a prosseguir este impasse e se as negociações não forem retomadas, os trabalhadores “vão ter mesmo de parar” o Terminal XXI do Porto de Sines, avisou.