Os trabalhadores do Terminal XXI do Porto de Sines iniciam uma greve parcial a partir da próxima segunda-feira. Entre 11 e 17 e 25 e 31 de agosto, vão paralisar nas duas últimas horas de cada turno. “A paralisação afetará todas as operações portuárias” deste terminal "envolvendo tanto trabalhadores efetivos como contratados”, esclarece em comunicado SIEAP, Sindicato das Indústrias Energias Serviços e Águas de Portugal. São portanto os trabalhadores da PSA Sines, a concessionária daquele que é o maior terminal de contentores de Portugal, e da LaborSines, a empresa de trabalho temporário portuário responsável pela cedência de trabalhadores portuários.
De acordo com esta organização sindical, o recurso a esta forma de luta é justificado pela “intransigência e silêncio persistente da administração, que continua a ignorar as justas reivindicações dos trabalhadores, mesmo após estes terem suspendido previamente a greve ao trabalho extraordinário como gesto de boa-fé”.
A referência é à última paralisação que teve lugar entre 26 de maio e 6 de junho e terminou sem acordo. Assim, as reivindicações apresentadas então permanecem as mesmas. Luta-se, como salientava então o dirigente sindical Ricardo Raposo, por mais salários, “melhores condições de trabalho, respeito e diálogo”. Pretende-se concretamente uma alteração do horário de trabalho e a reposição do direito ao dia de aniversário.
O sindicalista explicava nessa altura que, no verão, “temos uma carga horária gigante que está a causar muito descontentamento, muito desgaste e a encurtar muito do tempo dos trabalhadores com a família”. Pretende-se assim um horário igual durante o ano inteiro”, com “um dia de sobreposição em que estão dois turnos a trabalhar”, o que vai possibilitar “qualidade de vida”.