Esta segunda-feira, os trabalhadores da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) juntaram-se em greve e em concentração pela valorização salarial e melhores condições de trabalho. Duas greves parciais diferentes afetaram trabalho durante o dia.
À porta da Estação de Recolha da Via Norte, o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN), José Manuel Silva, explicou à Lusa que os motivos da greve estão relacionados com os “aumentos salariais e a progressão de carreira”.
“Aumento salarial, principalmente. Os trabalhadores só tiveram 53 euros de aumento quando o [aumento do] salário mínimo foi de 60 euros. O que se pretende é um aumento na percentagem do salário mínimo, 8%, para [os trabalhadores] não perderem poder de compra”, disse.
O pré-aviso da greve que contempla as primeiras cinco horas do dia está em vigor desde setembro deste anos, mas o outro pré-aviso, que contempla a greve às últimas duas horas do turno, está em vigor desde novembro de 2023.
“O outro motivo é o percurso da carreira, os trabalhadores estão a ser penalizados. Além de estarem mais anos no mesmo escalão, também a pontuação que é dada subiu. Bastava 3,25 para subir de escalão, agora exigem 3,75”.
Na concentração estiveram dezenas de trabalhadores. Esteve também presente uma delegação do Bloco de Esquerda, em solidariedade com os trabalhadores em greve. “O objetivo dos trabalhadores era serem recebidos pela administração da empresa que mais uma vez se recusou ao diálogo e não os recebeu”, explicou a distrital do Porto nas redes sociais
