É já a segunda vez este ano que há um despedimento coletivo na Microsoft Portugal. Desta feita, no processo que está em curso, em causa estão 68 trabalhadores.
A Lusa avançou com esta informação a partir de diversas fontes. Estas esclareceram que o processo de despedimento que decorre vai cortar empregos de ‘customer account managers’ (gestores de contas de clientes), ‘cloud solution architects’ (especialistas em soluções de nuvem para empresas) e equipas de FastTrack (que auxiliam os clientes a implementar e a tirar o máximo partido das soluções Microsoft).
A Comissão de Trabalhadores da empresa, por sua vez, não prestou declarações à agência noticiosa nacional “por estar abrangida por um acordo de confidencialidade”.
Por seu turno, a empresa disse à Lusa que está “a implementar mudanças organizacionais necessárias para posicionar melhor a empresa para o sucesso num mercado dinâmico”. Sabe-se ainda que a Microsoft alterou a organização na região Europa, Médio Oriente e África. Desde junho, Portugal deixou de contar como subsidiária independente para integrar um grupo que a empresa designa como “South MCC” e que agrupa países como Turquia, Grécia, Chipre, Malta e outros dos Balcãs.
A nível global, houve uma onda de despedimentos iniciada em julho que envolveu milhares de trabalhadores de vários setores, incluindo as vendas e a divisão de videojogos Xbox. A Microsoft não comunicou oficialmente quantas pessoas despediu, apenas sublinhou que seriam menos de 4% da força de trabalho que tinha no ano passado. Esta era de perto de 228.000 trabalhadores a tempo inteiro. Assim, esta onda de despedimentos pode ter chegado até aos 9.000 a que se somam os 8.000 que tinham sido cortados em janeiro e maio. Calcula-se ainda que em 2024 a Microsoft tenha cortado com 16.000 empregos.