Marrocos

Geração Z 212 e os protestos da juventude em Marrocos: da esfera digital à rua

por

Rezgar Akrawi

18 de outubro 2025 - 19:01
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O movimento da Geração Z 212 provou que a relação entre as forças de esquerda e as novas gerações só pode se desenvolver e enraizar integrando luta no terreno com ferramentas digitais de organização e novas formas de discurso político. Uma lição não apenas para os camaradas de esquerda do Marrocos mas para toda a esquerda mundial.

Manifestação da Gen Z 212 em Rabat.
Manifestação da Gen Z 212 em Rabat. Foto de Mounir Neddi/Wikimedia Commons.

Marrocos vive atualmente — outono de 2025 — uma ampla onda de protestos de massa liderados pela juventude, que recolocou na cena política questões fundamentais sobre justiça social, direitos básicos, degradação dos serviços públicos e a legitimidade política do regime.

Este movimento, que adotou o nome “Geração Z 212”* — referência ao código telefónico internacional do país — não surgiu do nada; é o resultado de uma longa acumulação de marginalização, pobreza, falta de serviços essenciais de saúde e educação, e da disseminação do desemprego e da corrupção.

O movimento irrompeu de forma espontânea após um incidente trágico no Hospital Hassan II, na cidade de Agadir, onde várias mulheres morreram durante o parto devido à falta de cuidados médicos. Essa faísca transformou-se rapidamente numa revolta social que se espalhou pelas principais cidades — Rabat, Casablanca, Fez, Marrakech, Taroudant, Salé e Oujda — tornando-se uma expressão de uma crise abrangente vivida por toda uma geração de jovens marroquinos e marroquinas, especialmente das classes trabalhadoras e populares.

O que distingue este movimento não é apenas a sua amplitude e difusão geográfica, mas também o facto de se apoiar em novos mecanismos de organização e mobilização que nasceram no espaço digital e se refletiram no terreno.

É aqui que se manifesta a relação entre a experiência marroquina e o conceito de “esquerda eletrónica e luta digital”, onde uma dimensão social concreta se encontra com uma dimensão tecnológica e organizativa para produzir uma nova forma de ação política.

A força essencial deste modelo reside no facto de que ele resgata a política das mãos das velhas elites e a devolve às ruas e à juventude. Afirma constantemente que a tecnologia não é neutra: é uma ferramenta de dominação nas mãos do capitalismo e dos regimes autoritários, mas pode também converter-se num instrumento de libertação se for utilizada de maneira progressista, organizada e de esquerda.

O que aconteceu em Marrocos reflete precisamente essa possibilidade. Com meios simples, os jovens conseguiram construir uma esfera pública digital alternativa e livre, onde expressam o seu repúdio ao autoritarismo, à corrupção, à injustiça e à marginalização das suas vidas quotidianas.

Vídeos curtos, memes e debates online tornaram-se verdadeiras ferramentas de mobilização política, de organização e de criação de uma consciência coletiva crítica — à margem dos meios de comunicação oficiais, que tentaram distorcer o movimento e reduzi-lo a atos de violência ou vandalismo.

1. A organização digital em rede da juventude transcende os mecanismos tradicionais e cria uma nova arena de luta de esquerda

O que diferencia este movimento não são apenas as suas reivindicações justas — centradas na melhoria da saúde e da educação, na criação de empregos, no combate à corrupção e na busca pela justiça social —, mas principalmente a sua forma organizativa eletrónica e digital, e as suas ferramentas, que expressam com precisão as ideias da Esquerda Eletrónica.

Em grande medida, o movimento organizou-se fora dos quadros tradicionais dos partidos e sindicatos, que, por diversas razões, perderam a ligação com as novas gerações e se transformaram, aos olhos de muitos jovens, em estruturas burocráticas rígidas, incapazes de expressar as preocupações do povo. Em contrapartida, o espaço digital abriu novas possibilidades de organização totalmente diferentes, baseadas na flexibilidade, na rapidez e na abertura.

Plataformas como TikTok, Instagram e Facebook tornaram-se instrumentos de mobilização e agitação, enquanto os servidores Discord passaram a funcionar como “centros populares digitais” — espaços de debate, planeamento e tomada de decisões coletivas e horizontais.

Este novo padrão organizativo representa uma superação profunda dos conceitos de liderança individual ou centralismo hierárquico rígido. Já não existe um líder único nem comités verticais de direção controlando os acontecimentos; há, em vez disso, grupos horizontais em rede, cada um tomando as suas próprias decisões locais dentro de objetivos comuns.

Essa descentralização não é sinal de fraqueza, mas sim de força, pois tornou difícil para o Estado e para os serviços de segurança infiltrar ou desarticular o movimento atacando uma liderança única. Mesmo quando contas foram suspensas ou ativistas — homens e mulheres — foram presos, o movimento continuou capaz de se reproduzir e de expandir o seu espaço organizativo.

Essa capacidade de sobrevivência e renovação reflete o verdadeiro espírito da organização eletrónica e digital: a organização não é uma estrutura rígida, mas uma rede viva, capaz de se expandir e de se adaptar às circunstâncias.

A arquitetura em rede permitiu que o movimento se espalhasse rápida e facilmente por uma vasta área geográfica — das grandes cidades às regiões periféricas — e deu-lhe meios para contornar a repressão física e a vigilância digital. O Estado tentou repetidamente encerrar contas, bloquear conteúdos ou atacar coordenadores, mas a natureza descentralizada do movimento limitou os efeitos dessas ações. No momento em que uma conta é bloqueada, outra surge; quando um elo organizativo é quebrado, surgem canais alternativos.

Essa dinâmica coloca as autoridades perante um dilema real: enfrentam um “processo organizativo de massas” de novo tipo, difícil de controlar, e não uma organização tradicional que pode ser destruída com a prisão dos seus dirigentes.

A organização digital em rede é hoje uma nova forma de cultura política entre jovens mulheres e homens.

Os debates nos servidores do Discord não se limitaram a slogans ou planos de ação; transformaram-se num espaço coletivo de aprendizagem, onde os jovens compartilham experiências, discutem estratégias e constroem uma linguagem comum de luta.

Neste sentido, o espaço digital deixou de ser apenas um meio de comunicação para se tornar uma “escola coletiva de esquerda multiforme”, que gera uma nova consciência política, libertando-se da tutela dos partidos tradicionais e do discurso elitista.

O que estamos a testemunhar é o nascimento efetivo de um novo espaço de esquerda que surge de baixo, das iniciativas autónomas e do trabalho coletivo — apoiado na tecnologia como instrumento de emancipação, e não como ferramenta de dominação nas mãos das corporações capitalistas digitais e dos regimes autoritários.

2. As reivindicações expressam o núcleo vivo da esquerda — justiça social e necessidades populares

O que chama a atenção na experiência da juventude marroquina é que as reivindicações levantadas, tanto nas ruas quanto nas redes, embora simples e diretas, carregam um conteúdo profundamente de esquerda — mesmo que a maioria desses jovens não pertença a nenhuma organização política.

Estes jovens compreenderam — conscientemente ou por uma intuição política coletiva — que a força de qualquer movimento emancipatório reside na construção de uma base comum.

Eles não se deixaram prender por disputas ideológicas elitistas ou discussões estéreis. Embora tais debates sejam importantes para o desenvolvimento teórico da esquerda, durante décadas consumiram e fragmentaram as suas forças entre escolas e correntes rivais.

Estes jovens superaram esse cansaço intelectual e redirecionaram a bússola para o que realmente importa à classe trabalhadora e às massas empobrecidas — partindo da realidade concreta em direção à teoria, e não o contrário.

Aqui, a esquerda não se mede por quem ergue bandeiras marxistas ou repete teoricamente programas socialistas, mas por quem contribui, na prática e na teoria, para melhorar a vida das massas trabalhadoras — na saúde, na educação, no trabalho, na dignidade, nos direitos e na justiça — influenciando o curso da luta quotidiana, ainda que de forma gradual e limitada.

As suas reivindicações giram em torno da melhoria da educação pública, da garantia de um sistema de saúde gratuito e eficiente, da criação de empregos dignos, do combate à corrupção e da realização da justiça social na distribuição de recursos.

Essas reivindicações representam o núcleo vivo do pensamento de esquerda, pois colocam a injustiça, a luta de classes e as necessidades diárias do povo no centro da ação política.

3. A repressão no terreno e no digital revela os mecanismos modernos de controle - mas também fortalece a consciência da resistência digital

O movimento juvenil no Marrocos não foi apenas uma onda de protestos pacíficos recebida com discursos políticos ou promessas de reforma. Desde o primeiro momento, foi tratado como uma ameaça existencial ao regime — o que se refletiu na repressão brutal que a juventude enfrentou nas ruas.

As forças de segurança usaram munição real em algumas áreas — especialmente em Lqliâa, perto de Agadir, onde houve mártires mortos pela gendarmaria —, além de gás lacrimogéneo, cassetetes, perseguições noturnas e centenas de detenções, incluindo um grande número de menores.

Esta repressão não foi um reflexo descontrolado, mas uma política deliberada, com o objetivo de aterrorizar uma geração inteira e quebrar a sua vontade antes que a sua consciência organizativa pudesse amadurecer.

A repressão física foi acompanhada por uma tática sistemática de isolamento das zonas em ebulição, com bloqueios policiais, cercos em bairros populares e interrupções de estradas para impedir o deslocamento dos manifestantes entre cidades. As detenções em massa foram usadas como ferramenta para esvaziar as ruas.

Mais importante ainda, as autoridades concentraram os ataques contra jovens e menores, pois eram a espinha dorsal do movimento — revelando a consciência de que o verdadeiro perigo vem dessa nova geração, que não teme as ruas e possui ferramentas de organização digital difíceis de controlar.

Essa face dura da repressão física coincidiu com a face “suave” da repressão digital. A prisão digital e o “assassinato digital” tornaram-se mecanismos paralelos voltados para desmantelar a esfera online do movimento. Contas foram excluídas, conteúdos bloqueados, o acesso a grupos de discussão restringido — numa tentativa de cortar o elo entre a rua e o espaço digital que alimentava o protesto.

Assim, vimos o Estado praticar uma “dupla repressão”: nas ruas, com balas e cassetetes; e na rede, com algoritmos e censura de plataformas.

O que as autoridades não esperavam é que essa repressão, em vez de deter o movimento, acabou por fortalecer a consciência da resistência — tanto no terreno quanto no digital.

Nas ruas, os jovens criaram novas formas de mobilização: manifestações noturnas móveis, pequenos grupos em vez de grandes marchas, e a utilização dos bairros como espaços locais de protesto. Esta tática dificultou que a polícia eliminasse o movimento de uma só vez e abriu espaço para formas locais e autónomas de organização de base.

No espaço digital, os debates migraram rapidamente das contas bloqueadas para outras novas e para plataformas mais seguras, com ampla utilização de VPN e encriptação.

A repressão física revelou os limites do sistema autoritário: o Estado já não enfrenta apenas uma massa furiosa, mas uma geração digital capaz de se adaptar. A cada tentativa de repressão, a juventude reinventava a sua organização de forma mais flexível, desenvolvendo a consciência de que a luta contra o Estado não é parcial, mas total — atinge o corpo nas ruas e a mente nas redes.

Aqui se revela a essência do que a Esquerda Eletrónica chama de “batalha de classes digital”, onde as ferramentas modernas de repressão se encontram com as clássicas.

Ficou claro que o controle da rua não pode ser separado do controle do espaço digital, e que, quando o Estado dispara balas sobre os corpos, simultaneamente bloqueia as contas. Mas a resistência também evolui em ambas as direções: nas ruas, com o alargamento das táticas populares; e nas redes, com a criação de ferramentas de proteção e formas alternativas de organização.

Essa interação entre o terreno e o digital abre um verdadeiro horizonte para a Esquerda Eletrónica desenvolver um projeto internacionalista que vise libertar simultaneamente a humanidade e a tecnologia. A capacidade de ultrapassar a repressão digital reflete uma crescente consciência política sobre a necessidade de controlar as ferramentas e de construir tecnologias progressistas alternativas de esquerda — em vez de deixá-las totalmente nas mãos das corporações capitalistas monopolistas e dos Estados autoritários.

4. Transformar a energia espontânea da juventude num projeto emancipatório radical e organizado

Apesar da força desse modelo, os desafios continuam grandes. A ausência de coordenação central pode transformar-se numa fraqueza se não se cristalizar uma visão estratégica de longo prazo. Mais importante ainda, as reivindicações parciais precisam ser ligadas a um horizonte emancipatório mais amplo, para que o movimento não permaneça limitado ao âmbito das reformas.

É aqui que surge a necessidade de uma esquerda de base e eletrónica organizada como corrente intelectual e política, que trabalhe para transformar a energia espontânea num projeto político de libertação. Um projeto que una a luta digital à luta de rua, que conecte as reivindicações imediatas a uma visão socialista radical e que se apoie em bases comuns amplas e inclusivas, capazes de construir alianças duradouras para uma transformação profunda.

Este movimento juvenil e popular reflete claramente o espírito de uma esquerda aberta, que se recusa a permanecer isolada nas elites intelectuais e busca criar múltiplos espaços de debate e de ação comum. Nos fóruns digitais de discussão, não havia guardiões ideológicos nem hierarquias rígidas, mas sim debates livres, vozes diversas e liberdade para propor ideias. O que se consolidava e se traduzia em ação política eram os pontos que realmente tocavam a vida das pessoas.

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Aqui se materializa o verdadeiro sentido da democracia participativa de base, em que a organização coletiva se torna um instrumento para unir esforços em torno do que serve às massas — e não do que agrada às elites intelectuais. Esta orientação abre uma oportunidade histórica para a esquerda se renovar, desde que abandone a tendência ao monopólio do pensamento e a cultura de fragmentação que a paralisou durante tanto tempo.

As jovens e os jovens enviaram uma mensagem clara: não esperaremos soluções vindas de cima, nem desperdiçaremos energia em disputas estéreis. Construiremos a nossa ação em torno das questões que importam para a vida quotidiana das pessoas.

Essa consciência prática e dialética é o que dá força ao movimento e o torna capaz de se expandir. Os trabalhadores manuais e intelectuais não se preocupam prioritariamente se o texto de referência é de Marx, Lenine, Trotsky, Mao ou outro pensador — apesar do seu papel histórico fundamental —, mas sim com a existência de um hospital bem equipado, uma escola digna, um trabalho decente, igualdade e dignidade na vida quotidiana, longe da corrupção e do autoritarismo.

Estes são os pontos de encontro que formaram a base comum, e que podem transformar-se no alicerce para a construção de um projeto de esquerda radical e emancipador, que supere o presente e recupere o papel histórico da esquerda como instrumento de transformação rumo à libertação socialista.

5. Da rede à rua… horizontes de uma esquerda renovada

É importante sublinhar que a Esquerda Eletrónica não se propõe como substituta das forças históricas da esquerda nem das experiências organizativas acumuladas em décadas de luta. Pelo contrário, ela continua-as, desenvolve e complementa, acrescentando uma nova dimensão aos instrumentos políticos, organizativos e teóricos da esquerda em sua longa e complexa batalha contra o capitalismo e o autoritarismo.

O que a distingue é o facto de responder a uma nova realidade moldada pela revolução digital, em que as ferramentas de luta se ampliaram para incluir a esfera digital, as plataformas e as redes que moldam a consciência coletiva e influenciam o debate público.

Assim, ela não nega o papel dos partidos de esquerda, dos sindicatos e dos movimentos sociais existentes, mas os convoca à inovação e à renovação — à integração da dimensão digital nas suas estratégias organizativas e políticas, e à superação da rigidez burocrática e do fechamento ideológico.

O desafio da esquerda hoje não é apenas enfrentar o capitalismo tradicional e os regimes autoritários, mas também o capitalismo digital, que reproduz o controle de classe de forma mais subtil e invisível — através de dados, algoritmos e vigilância digital omnipresente.

O que a juventude criou no Marrocos é um apelo urgente e explícito a todas as forças da esquerda. A organização política já não pode ser de via única: deve ser multiplataforma, aberta, flexível e transparente, capaz de interagir com inteligência com as ferramentas da era digital.

Esta visão complementar não significa abandonar as estruturas clássicas que acumulam a história da luta de classes, mas reconstrui-las de forma horizontal e flexível, aproximando-as das massas e tornando-as capazes de reagir rapidamente — especialmente em relação às novas gerações.

A experiência marroquina é um exemplo vivo dessa renovação, pela criação de organizações digitais em rede altamente eficazes. Mas isto não elimina a necessidade urgente de estruturas políticas, organizacionais e sindicais capazes de proteger essas energias, orientar os protestos e transformá-los em conquistas duradouras.

Isto exige alcançar uma integração dialética entre o velho e o novo: entre a luta no terreno e o impulso digital, entre a experiência histórica da esquerda e a ousadia e flexibilidade trazidas pela geração digital.

Essa dialética entre continuidade e renovação pode oferecer à esquerda contemporânea a oportunidade de se reerguer — localmente no Sul Global e globalmente em toda parte.

Portanto, a Esquerda Eletrónica é um apelo à renovação integral do projeto de esquerda: através do desenvolvimento e da atualização de seus instrumentos organizativos, políticos, intelectuais, digitais e tecnológicos; e por meio do trabalho conjunto e das alianças baseadas em pontos de convergência fundamentais.

Ela também destaca a necessidade de fortalecer o papel de liderança da juventude dentro das organizações de esquerda, garantindo a renovação intelectual e organizativa e abrindo espaço para as suas energias criativas no centro da decisão e da ação militante.

Reforçar a relação da esquerda com a vida das massas trabalhadoras e das novas gerações, num tempo de hegemonia capitalista e autoritarismo, é essencial.

O futuro pertence à esquerda que compreende que a arena da luta de classes hoje se estende das ruas até os confins do espaço digital.

O movimento da Geração Z 212 provou que a relação entre as forças de esquerda e as novas gerações só pode se desenvolver e enraizar-se integrando a luta no terreno com as ferramentas digitais de organização e com novas formas de discurso político.

É uma lição — não apenas para os camaradas progressistas e de esquerda do Marrocos, mas para toda a esquerda mundial.


Rezgar Akrawi é um militante de esquerda independente, interessado na esquerda e na revolução tecnológica, e atua como especialista em desenvolvimento de sistemas e governança eletrónica.


Notas

  • Geração Z: geração nascida entre meados da década de 1990 e o início da segunda década do século XXI; criada num ambiente digital, utiliza a tecnologia e as redes sociais como parte essencial da sua vida diária, combinando o mundo real e o virtual — o que a torna mais apta à mobilização e organização através do espaço digital.
  • Esquerda Eletrónica: corrente moderna da esquerda que busca desenvolver as ferramentas, o discurso e os mecanismos organizativos da esquerda tradicional, empregando a tecnologia digital e a esfera em rede para a organização, o debate e a mobilização.
    Não se propõe a substituir as forças históricas da esquerda, mas sim a complementá-las e desenvolvê-las, defendendo a integração das plataformas digitais e da democracia participativa com a luta de rua, a fim de conectar as questões teóricas às necessidades cotidianas das massas trabalhadoras.

Fontes

  1. Le Monde Afrique – “Moroccan protesters call for prime minister’s resignation” (2 de outubro de 2025)
    https://www.lemonde.fr/en/le-monde-africa/article/2025/10/02/moroccan-protesters-call-for-prime-minister-s-resignation_6746020_124.html
  2. AP News – “Moroccan youth protests erupt after deaths in Agadir hospital” (1 de outubro de 2025)
    https://apnews.com/article/912ca1a9dbc42e6d3d2f8a1067eb12f9
  3. Reuters – “Morocco’s youth, police clash for fifth night of protests demanding education, health care” (1 de outubro de 2025)
    https://www.reuters.com/world/africa/moroccos-youth-police-clash-fifth-night-protests-demanding-education-health-care-2025-10-01
  4. The Guardian – “First deaths in Morocco’s youth-led anti-government protests as police open fire” (2 de outubro de 2025)
    https://www.theguardian.com/world/2025/oct/02/first-deaths-in-moroccos-youth-led-anti-government-protests-as-police-open-fire
  5. Al Jazeera – “7 questions that explain what is happening in Morocco’s Gen Z protests” (2 de outubro de 2025)
    https://www.aljazeera.net/news/2025/10/2/7-%D8%A3%D8%B3%D8%A6%D9%84%D8%A9-%D8%AA%D8%B4%D8%B1%D8%AD-%D9%85%D8%A7-%D9%8A%D8%AC%D8%B1%D9%8A-%D9%81%D9%8A-%D8%A7%D8%AD%D8%AA%D8%AC%D8%A7%D8%AC%D8%A7%D8%AA-%D8%AC%D9%8A%D9%84-%D8%B2%D8%AF
  6. BBC – “First killings in Morocco since Gen Z protests erupted”
    https://www.bbc.com/news/articles/cgrqpekyxpvo
  7. “The most prominent intellectual and organizational foundations of the electronic left”
    https://libcom.org/article/most-prominent-intellectual-and-organizational-foundationselectronic-left-e-left
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