No plenário de 22 de setembro, os trabalhadores organizados no Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE Sul) decidiram deslocar-se esta segunda-feira ao Ministério da Economia e do Trabalho, em Lisboa.
Conforme explica a Fiequimetal, face à “grave medida tomada pela multinacional, e que configura um passo na preparação da deslocalização (total ou parcial) da produção”, os trabalhadores exigem “a intervenção do Governo, para impedir mais um saque aos cofres públicos e para a preservação de todos os postos de trabalho”.
É ainda exigida a intervenção do presidente da Câmara Municipal de Sines junto do Governo e da Administração da Indorama, para assegurar a segurança das instalações.
Sobre esta matéria, a estrutura sindical refere que “agora é pretendido reduzir o número de trabalhadores destinados a assegurar a integridade de uma fábrica com reconhecido risco de acidente ambiental industrial (classificação SEVESO), com impacto direto na região”.
Os trabalhadores pretendem ver ainda garantida a igualdade de tratamento no pagamento dos salários na íntegra.
Bloco questiona Governo
Isabel Pires esteve presente no protesto em solidariedade com os trabalhadores da Indorama, “uma empresa que até 2022 deu lucros, tem mais de uma centena de fábricas em vários países”, e que “colocou cerca de 130 trabalharem lay off, com apenas 66% de salário”.
“Não se compreende a justificação”, assinala Isabel Pires, anunciando que “o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionará os dois ministérios sobre que ações está o Governo a pensar tomar para a garantia do salário dos trabalhadores, bem como dos postos de trabalho”.
