Tecnoforma rompe o silêncio e nada esclarece

26 de setembro 2014 - 23:52

Advogado da Tecnoforma insiste que a empresa e o Centro Português para a Cooperação (CPPC), eram duas “entidades distintas”, e por isso nada sabe sobre a participação de Passos Coelho nessa ONG. Isto apesar de o CPPC funcionar na sede da Tecnoforma, que era o seu “mecenas”.

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Representante da Tecnoforma não sobe dizer o valor dos reembolsos que Passos Coelho disse ter recebido entre 1997 e 1999. Foto de Eurpean People's Party

Em conferência de imprensa, o representante legal da Tecnoforma rompeu o silêncio mas nada esclareceu sobre as relações do então deputado do PSD Pedro Passos Coelho e a empresa, entre os anos de 1997 e 1999.

O advogado Cristóvão Carvalho insistiu que a empresa e a ONG Centro Português para a Cooperação (CPPC) eram duas “entidades distintas” e por isso ele nada sabe sobre as contas desta ONG que tinha um conselho de fundadores presidido por Passos Coelho. Isto apesar de a Tecnoforma ser o “principal mecenas” do CPPC, organização que até estava instalada na sede da Tecnoforma. À SIC, o advogado afirmou que o CPPC foi criado para desenvolver o projeto de uma universidade em Cabo Verde.

CPPC ainda existe mas está inativo

A nota folclórica foi o anúncio de que a Tecnoforma pretende processar o Público, o jornalista António José Cerejo, vários comentadores e até um ministro do atual governo.

Mas o representante da Tecnoforma foi incapaz de esclarecer qual o valor que a Tecnoforma, como Mecenas, entregava ao CPPC. Esta ONG ainda existe, disse, mas está inativa, e o advogado afirma não ter forma de acesso às suas contas, nada podendo dizer sobre o valor dos reembolsos de despesas que Passos Coelho diz ter recebido por conta de almoços e deslocações, entre 1997 e 1999.

O advogado limitou-se a dizer que o atual primeiro-ministro iniciou a sua colaboração com a Tecnoforma em finais de 2001 e terminou em meados de 2007, tendo nesse período sido remunerado pelos serviços prestados à empresa.

A nota folclórica foi o anúncio de que a Tecnoforma pretende processar o Público, o jornalista António José Cerejo, vários comentadores e até um ministro do atual governo.