Em conferência de imprensa, o representante legal da Tecnoforma rompeu o silêncio mas nada esclareceu sobre as relações do então deputado do PSD Pedro Passos Coelho e a empresa, entre os anos de 1997 e 1999.
O advogado Cristóvão Carvalho insistiu que a empresa e a ONG Centro Português para a Cooperação (CPPC) eram duas “entidades distintas” e por isso ele nada sabe sobre as contas desta ONG que tinha um conselho de fundadores presidido por Passos Coelho. Isto apesar de a Tecnoforma ser o “principal mecenas” do CPPC, organização que até estava instalada na sede da Tecnoforma. À SIC, o advogado afirmou que o CPPC foi criado para desenvolver o projeto de uma universidade em Cabo Verde.
CPPC ainda existe mas está inativo
A nota folclórica foi o anúncio de que a Tecnoforma pretende processar o Público, o jornalista António José Cerejo, vários comentadores e até um ministro do atual governo.
Mas o representante da Tecnoforma foi incapaz de esclarecer qual o valor que a Tecnoforma, como Mecenas, entregava ao CPPC. Esta ONG ainda existe, disse, mas está inativa, e o advogado afirma não ter forma de acesso às suas contas, nada podendo dizer sobre o valor dos reembolsos de despesas que Passos Coelho diz ter recebido por conta de almoços e deslocações, entre 1997 e 1999.
O advogado limitou-se a dizer que o atual primeiro-ministro iniciou a sua colaboração com a Tecnoforma em finais de 2001 e terminou em meados de 2007, tendo nesse período sido remunerado pelos serviços prestados à empresa.
A nota folclórica foi o anúncio de que a Tecnoforma pretende processar o Público, o jornalista António José Cerejo, vários comentadores e até um ministro do atual governo.