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Tarifa Social Automática da Água aprovada na Maia e Caminha
A Assembleia Municipal da Maia aprovou na sexta-feira a proposta do Bloco de Esquerda que recomenda à autarquia a adesão à Tarifa Social Automática da Água, Saneamento e Resíduos Urbanos. Todos os partidos foram favoráveis à proposta, menos a Iniciativa Liberal, que se absteve.
Para o Bloco de Esquerda, "a instituição de uma Tarifa Social da Água, Saneamento e Resíduos foi uma medida importante para muitas famílias, isentando-as do pagamento de tarifas fixas e aumentando a quantidade de água definida como primeiro escalão de consumo". Mas o processo de adesão é burocrático e moroso, dependendo da iniciativa dos consumidores. O resultado é que o universo de beneficiários fica muito aquém dos agregados que têm direito a esse desconto na tarifa e que no caso do concelho da Maia se estima que sejam 8.865 famílias.
Além do facto de essas famílias já se encontrarem em situação de carência económica, a subida abrupta da inflação veio agravar ainda mais as suas condições de subsistência, pelo que se justifica que o município atue para mitigar o efeito do aumento do custo de vida, argumentou o grupo municipal bloquista. Esta não foi a primeira vez que o Bloco levou o assunto a debate na Assembleia Municipal. No anterior mandato, quando foi aprovada a revisão tarifária, o Bloco já tinha defendido a automatização do acesso à tarifa social, considerando que isso “permitiria uma redução drástica da burocracia para os cidadãos e para as cidadãs do concelho, com clara economia de recursos”.
Águas do Alto Minho acabou com a tarifa social "com total silêncio por parte dos municípios"
Em Caminha, a empresa Águas do Alto Minho, que explora as redes de águas e de saneamento no concelho e quase em todo o Alto Minho, decidiu acabar com a tarifa social "com total silêncio por parte dos municípios", afirmou o deputado municipal bloquista Abílio Cerqueira.
Na passada sexta-feira, o Bloco levou o tema à discussão na Assembleia Municipal e a recomendação para que o município interceda junto da empresa para volte a implementar a tarifa social e de forma automática foi aprovada apenas com a abstenção do PSD. A medida pode abranger mais de 1.500 famílias do concelho de Caminha e “se já se impunha em tempos considerados normais, muito mais se impõe em tempos anormais como os que estamos a viver”, afirmou Abílio Cerqueira à Rádio Alto Minho.
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