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Subida de Euribor aumentará ainda mais pressão sobre empréstimos à habitação

Simulações efetuadas pelo Público retratam subidas acentuadas nas prestações, com um aumento das taxas entre 2,5 e 3,5 pontos no espaço de um ano. Euribor continuarão a subir, especialmente durante o primeiro semestre de 2023.
Foto de Paulete Matos.

No último mês de 2022, as taxas a três, seis e 12 meses, que abrangem cerca de 90% dos empréstimos à habitação em Portugal, atingiram valores médios de 2,063%, de 2,560%, e de 3%, respetivamente. Já em dezembro de 2021 os valores eram negativos: a três meses em -0,572%, a seis meses em -0,546%, e a 12 meses em -0,501%.

A pressão sobre empréstimos à habitação torna-se mais pesada quando é somado o spread ou a margem comercial do banco, e o impacto da subida da prestação faz-se sentir particularmente no caso dos empréstimos mais elevados e associados à Euribor a 12 meses.

De acordo com a simulação realizada pelo jornal Público, no caso de um empréstimo de 150 mil euros, a 30 anos, associado à média da Euribor a 12 meses de dezembro de 2022, e um spread de 1% (taxa final de 3,560%), a contratar ou a rever em janeiro de 2023, a prestação mensal é de 717,68 euros, o que se traduz num aumento de 268,96 euros face a dezembro de 2021. O jornal diário destaca que o impacto anual do aumento atinge 3327,52 euros.

Já se estiver em causa um empréstimo de 200 mil euros, a prestação sobe para 952,91 euros, o equivalente a um aumento mensal de 354,62 euros e a um impacto anual de 4255,44 euros.

Aos aumentos que já se fazem sentir, acrescerão as subidas expectáveis para 2023, com as Euribor a agravarem-se, principalmente durante o primeiro semestre.

 

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