Sindicatos belgas recusam transporte de armas para Israel

02 de novembro 2023 - 12:53

Respondendo a um apelo dos sindicatos palestinianos, os sindicatos belgas dizem não querer ser cúmplices de um “genocídio”. Sindicalistas ingleses bloquearam a entrada de uma fábrica israelita de armas em Kent.

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Ação sindical na Bélgica. Foto do SETCa/Facebook.
Ação sindical na Bélgica. Foto do SETCa/Facebook.

Num comunicado datado do passado dia 31 de outubro, os sindicatos belgas de logística dos aeroportos ACV Puls, BTB, BBTK e ACV-Transcom concordaram numa “recusa em manusear material militar destinado à guerra na Palestina”.

O texto denuncia que “enquanto está em curso um genocídio na Palestina, os trabalhadores dos diferentes aeroportos da Bélgica assistem à partida de armas para as zonas de guerra”. Assim, apela-se aos trabalhadores a “não apoiar mais voos que encaminhem material militar para a Palestina/Israel”.

À RTBF, Didier Lebbe do CNE denuncia que nos aeroportos belgas tem havido descargas de “material de guerra” de “aviões provenientes dos Estados Unidos”. Estes, afirma, não serão aviões militares mas civis. E acrescenta: “não queremos participar num crime de guerra que se organiza nesta região”, “recusamos fazer parte da cadeia de abastecimento deste material que vai servir para matar civis. Não queremos ser cúmplices disto”.

Os sindicatos apelam também a um cessar-fogo imediato e instam o governo belga a não tolerar o envio de armas para Israel a partir dos aeroportos belgas.

Esta tomada de posição responde a um apelo de 16 de outubro, feito pelos sindicatos palestinianos, para que os trabalhadores de todo o mundo se oponham à produção e envio de armas para Israel.

Na sequência deste apelo, a 26 de outubro um grupo de sindicalistas ingleses, de sindicatos como o Unite, UNISON, NEU, UCU, BMA e BFAWU, tinha bloqueado a entrada de uma fábrica da Elbit Systems em Kent, um gigante do armamento israelita que produz, nomeadamente, drones e artilharia, enquanto mostravam uma faixa que dizia “trabalhadores por uma Palestina Livre”.

 

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