O valor mediano por metro quadrado da avaliação bancária da habitação em Portugal atingiu em outubro um valor que superou já o de todo o ano passado. No total acumulado, este índice já aumentou 185 euros este ano, quando de 2022 para 2023 tinha subido 78 euros.
Nesse mês, o preço das casas aumentou também 185 euros face ao mesmo mês de 2023, o que corresponde a 12%. Isto depois de em setembro o aumento homólogo ter sido de 154 euros, ou seja, 10%.
Num mês, entre setembro e outubro deste ano, este valor aumentou 26 euros, alcançando os 1.721 euros por metro quadrado, um máximo histórico.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística refletem ainda um aumento de 30% da avaliações bancárias efetuadas em outubro face ao mesmo mês do ano passado. E uma subida de 5,5% entre setembro e outubro. Foram feitas 34,9 mil avaliações bancárias no mês passado.
Ressalve-se que este indicador não reflete exatamente o preço a que as casas são vendidas. Apesar de habitualmente ser semelhante, o preço de venda fica também muitas vezes acima do valor da avaliação.
O Expresso cita porém os dados Confidencial Imobiliário, uma empresa que se define como sendo um banco de dados independente especializado no setor da habitação, divulgados na terça-feira, e que indicam que “entre agosto e outubro deste ano, terão sido vendidas 39.600 habitações, o que supera em 10% os 35.900 imóveis vendidos nos três meses anteriores (entre maio e julho) e fica 21% acima do observado no último trimestre do ano passado, quando se transacionaram 32.800 fogos”.
A empresa confirma a tendência de subida nos preços das vendas com uma “valorização homóloga a passar de 7,5% em julho para 11,5% em outubro”. Calcula-se que, de agosto a outubro, o preço médio de venda foi de 2.492 por metro quadro em média. Sublinhe-se que os números deste “data bank” dizem respeito à média e os do INE a uma mediana.
Em termos de distribuição geográfica, a Grande Lisboa, o Algarve, a Madeira, a Península de Setúbal são as zonas mais encarecidas. Os municípios com os preços das casas mais elevados são Lisboa (3.876 por metro quadrado), Cascais (3.238), Oeiras (3.107), Grândola (2.860) e Lagos (2.754).