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Musk apoia comentário anti-semita, empresas cortam anúncios no X

Elon Musk mostrou o seu apoio entusiástico a uma publicação anti-semita na rede social que comprou e a que mudou o nome de Twitter para X. Um utilizador acusou na quarta-feira “os judeus” de odiarem as pessoas brancas, ao que o bilionário patrão da Tesla respondeu comentando que isso era “exatamente a verdade”, “the atual truth”.
Em resposta a isto, esta sexta-feira, empresas como a Apple, a IBM, a Disney, os grandes estúdios de Holywood, como o Lionsgate, Warner Bros, Paramount, Sony Pictures e Comcast/NBCUniversal, decidiram cancelar temporariamente os anúncios nesta plataforma. Isto depois de um grupo de mais de 150 rabinos norte-americanos ter apelado a este corte.
Mas esta fuga de anunciantes do ex-Twitter não começou agora. O próprio Musk, em setembro, tinha concedido que o rendimento de anúncios a partir dos EUA tinha caído 60%. E a disputa, por exemplo com Apple, vem de trás. Depois da decisão desta empresa de diminuir anúncios em dezembro passado, Musk tinha publicado um tweet sobre “ir à guerra” com a empresa que depois apagou.
Já a decisão da IBM foi justificada com um relatório da Media Matters que descobriu que anúncios desta empresa e da Apple, Oracle e Comcast’s Xfinity estavam a passar junto com discurso de ódio anti-semita, incluindo elogios ao nazismo e a Hitler. Musk reagiu afirmando que a Media Matters é uma “organização do mal” e que vai lançar um processo “termo-nuclear” contra a organização não governamental.
Para além disso, também há respostas institucionais. A Casa Branca condenou a tomada de posição de Musk, acusando-o de “promover de forma abominável o ódio antissemita e racista”. O porta-voz Andrew Bates disse que o governo norte-americano “condena nos termos mais enérgicos a horrível promoção do ódio anti-semita e racista que vai contra os nossos valores fundamentais como norte-americanos”, sendo “inaceitável”, repetir uma “mentira tão espantosa”.
A Comissão Europeia, por sua vez, decidiu igualmente cortar a publicidade no X por causa de “aumento alarmante da desinformação e do discurso de ódio”.
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