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Moedas e PS chumbam apoio a professores e estudantes deslocados

Os vereadores do Partido Socialista juntaram-se aos da direita no executivo municipal de Lisboa para chumbarem esta quarta-feira duas moções apresentadas por Beatriz Gomes Dias acerca da crise da habitação na cidade e de como ela está a afetar, neste início de ano letivo, os estudantes colocados em instituições do ensino superior e os professores colocados nas escolas da Área Metropolitana de Lisboa.
No primeiro caso, o Bloco propunha que a Câmara instasse o Governo a fazer o levantamento das necessidades de alojamento de estudantes em Lisboa e a garantir o suprimento destas necessidades já no próximo ano letivo, medidas acompanhadas de um reforço da ação social escolar, aumentando o valor e o número de bolsas atribuídas.
Com os preços dos quartos a atingirem em média os 450 euros e a crescente carência de alojamento estudantil para uma popuação de estudantes deslocados que ronda os 40% da população universitária total em Lisboa, Beatriz Gomes Dias lembrou que Carlos Moedas deixou ficar no papel a proposta aprovada em novembro passado para criar o Programa Municipal de Apoio a Estudantes Universitários Deslocados, intitulado "Viva a República!" e que se destinava a apoiar estas associações de estudantes para fins habitacionais, mais conhecidas por repúblicas estudantis. Da mesma forma, a vereadora bloquista sublinha o contraste entre os obstáculos colocados pela Câmara ao processo de licenciamento da residência universitária na Av. 5 de outubro com "as facilidades que são dadas aos promotores privados, nomeadamente os do turismo".
A outra moção chumbada pela direita e o PS propunha que a Câmara instasse o Governo a disponibilizar alojamento a preço acessível aos docentes do ensino básico e secundário que residam fora da área metropolitana de Lisboa e sejam colocados em estabelecimentos da área do Município de Lisboa. A medida visava responder à realidade que muitos alunos enfrentam neste início de ano letivo: a de não terem professor a várias disciplinas porque os docentes não conseguem pagar uma casa em Lisboa e arredores com o salário que ganham. Apesar dos anúncios do Governo, até agora só conseguiu disponibiliazr 14 apartamentos em Lisboa e 15 em Portimão, um número manifestamente insuficiente para responder às necessidades.
A vereadora da Habitação, Filipa Roseta (PSD), justificou o voto contra afirmando que a situação dos professores será resolvida, uma vez que a Câmara Municipal de Lisboa vai abrir no dia 24 de setembro um concurso de subsídio de habitação para professores. "Surpreende que, embora o ano letivo tenha começado ontem e o calendário escolar seja conhecido há muito tempo, o concurso não tenha sido atempadamente divulgado e que só agora se proceda ao seu lançamento. Trata-se de uma medida que na realidade não oferece nenhuma solução concreta", afirmou Beatriz Gomes Dias.
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