O 5º Congresso dos Jornalistas decidiu por unanimidade mandatar o Sindicato dos Jornalistas para avançar para uma “greve geral” no setor. A última vez que uma greve de todos os jornalistas aconteceu foi em 1982, de acordo com o presidente do congresso.
A data da paralisação ficou por definir nesta reunião que decorreu entre quinta-feira e este domingo no Cinema São Jorge. Mas a jornada de luta terá o duplo objetivo de alertar para o estado do jornalismo e de manifestar solidariedade com a situação enfrentada pelos trabalhadores da Global Media.
O Público adianta que das 24 moções que foram apresentadas a votação na reunião dos jornalistas, três versavam sobre a marcação de uma greve. Os seus proponentes aceitaram fundi-las num proposta única e o resultado foi a aprovação por aclamação pelos cerca de 800 congressistas.
A greve é justificada no texto da moção que foi a votos pela afirmação que “para momentos muito graves, gestos consentâneos”, considerando-se que “o momento é aqui e agora”.
Na mesma reunião, foi alterado o código deontólogico dos jornalistas, onde passa a constar que o jornalista deve rejeitar explicitamente o clickbait e a desinformação. De acordo com o mesmo jornal, outras moções aprovadas versavam sobre assuntos como a igualdade e diversidade nas redações, a salvaguarda da saúde mental dos jornalistas, o direito dos jornalistas estagiários assinarem os seus trabalhos, a defesa do trabalho dos fotojornalistas, a solidariedade com os jornalistas palestinianos e um voto de pesar pelos jornalistas mortos no decorrer das suas funções.
A última vez que tinha havido uma greve geral de jornalistas foi em 1982. A jornada de luta será em solidariedade para com os trabalhadores da Global Media mas também para alertar para o estado do jornalismo.
