Habitação

Manifestação Casa Para Viver convocada para mais de vinte cidades

24 de setembro 2024 - 11:25

Entre as cidades que se manifestam este sábado estão Lisboa e Porto, mas também Portimão, Lagos, Covilhã, Aveiro, Braga, Funchal, Ponta Delgada, entre outras. Plataforma que organiza a manifestação aponta para retrocessos do governo de direita.

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manifestação Casa para Viver de abril de 2023
Manifestação Casa para Viver de abril de 2023. Foto de Ana Mendes.

A manifestação pelo direito à habitação organizada pela plataforma Casa Para Viver está marcada para o próximo sábado, dia 28 de setembro, com convocatória em 21 cidades por todo o país. Haverá manifestações nas maiores cidades do país, como Lisboa, Porto, Braga, Setúbal, Coimbra e Aveiro, mas também em várias cidades mais pequenas do interior e litoral, como Lagos, Portimão, Guarda, Viana do Castelo e Santarém. Também nas ilhas estão convocadas concentrações para o Funchal e para Ponta Delgada.

Esta será a quarta manifestação pelo direito à habitação desde 1 de abril de 2023. Segundo o apelo público lançado no site da plataforma, “o programa + Habitação do anterior governo não resolveu esta crise, e os poucos avanços que esta legislação trouxe deveram-se à luta que o Casa Para Viver”. Agora, a plataforma considera que “o novo governo já anunciou o retrocesso das nossas conquistas”.

“Vão voltar a retirar barreiras ao Alojamento Local, defendem a manutenção do regime dos Residentes Não Habituais, recuperam os vistos gold”, aponta o apelo público. “Este governo deixa claro que o seu compromisso é com o capital imobiliário e financeiro – com quem nos empobrece através da especulação imobiliária e rentista”.

Entre as reivindicações dos manifestantes estão a regulação das rendas para valores compatíveis com os rendimentos do trabalho, o fim dos despejos, a descida das prestações bancárias, a revisão imediata das licenças para especulação turística, o fim dos benefícios fiscais para não residentes, nómadas digitais e o fim real do vistos gold, entre outras.

“Não nos deixamos cansar ou desmobilizar, não acreditamos em falsas promessas ou em embustes de trapaceiros. Vamos continuar a organizar-nos e a lutar até que todos tenham direito à habitação adequada”, concluem os organizadores das manifestações.

A plataforma partilhou nas redes sociais as cidades onde se juntam ativistas. Em destaque está o facto de 21 cidades se terem juntado às manifestações para protestar contra a crise de habitação, a falta de medidas efetivas para a sua resolução, e o retrocesso das medidas de direita. A quantidade de cidades que convocaram a manifestação foi divulgada nas redes sociais pelos coletivos que participam na manifestação.

Confira aqui a lista de cidades onde haverá manifestações:

10h — Portalegre (Bairro do Atalaião)
10h — Beja (Jardim do Bacalhau)
10h30 — Almada (Estação de Almada — metro)
10h30 — Évora (Mercado 1.º Maio)
11h — Funchal (Assembleia Legislativa)
15h — Lisboa (Alameda)
15h — Coimbra (Largo da Portagem)
15h — Covilhã (Pelourinho)
15h — Faro (Jardim Manuel Bívar)
15h — Guarda (Praça do Município)
15h — Porto (Praça da Batalha)
15h — Viseu (Rua Formosa)
15h — Guimarães (Coreto do Jardim da Alameda)
15h — Aveiro (Praça Dr. Joaquim Melo Freitas)
15h — Portimão (Largo 1.º Dezembro)
15h — Lagos (Traseiras da Adega da Marina)
15h — Santarém (Loja do Cidadão)
15h — Açores (Ponta Delgada — Portas da Cidade)
15h — Viana do Castelo (Urbanização Capitães de Abril)
15h30 — Braga (Coreto)
16h — Leiria (Fonte Luminosa)