Há uma nova manifestação nacional pelo direito à habitação convocada para dia 28 de setembro pela plataforma Casa Para Viver. Já pelo menos sete cidades aderiram à manifestação contra a especulação e a crise de habitação que se vive em Portugal.
A plataforma, que reúne vários coletivos e associações de ativistas e militantes pelo direito à habitação, convoca a sua quarta manifestação contra a crise habitacional no espaço de um ano e meio. É a primeira manifestação convocada pela plataforma desde que tomou posse o governo da Aliança Democrática.
“Este governo reverte o que tínhamos avançado e reforça a obediência cega ao setor imobiliário, turístico e financeiro”, explica a plataforma nas redes sociais. “Por isso, não podemos ficar em casa, é preciso continuar a vir para a rua em massa”. Neste momento estão convocadas manifestações para Braga, Almada, Coimbra, Covilhã, Faro, Porto e Lisboa.
Lembre-se que as primeiras três manifestações levaram dezenas de milhares de pessoas à rua por várias cidades do país. Entre 1 de abril de 2023 e 27 de janeiro de 2024, a plataforma bateu-se contra a política de mercado que o governo do Partido Socialista impunha para a habitação. Agora, a nova manifestação enfrenta as opções tomadas pelo Governo da Aliança Democrática.
O manifesto original da plataforma, que foi publicado antes da primeira manifestação, recolheu a subscrição de mais de 100 organizações, desde coletivos feministas, antirracistas e estudantis, a cooperativas, associações de inquilinos e movimentos pela habitação.
Nesse documento, a plataforma reivindica o direito à habitação, o direito à cidade e o fim da exploração e do aumento de custo de vida como pilares para a transformação do setor da habitação em Portugal.
Fórum Socialismo 2024
“Quem viabiliza o Orçamento da direita, suporta o governo da direita”
No encerramento do Fórum Socialismo 2024, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, apelou a que os militantes do partido se juntassem aos ativistas pelo direito à habitação no dia 28 de setembro, para mostrar a insatisfação popular com a crise de habitação em Portugal.