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Mais de 300 mil pessoas na Europa morreram prematuramente devido à poluição atmosférica

Os números são da Agência Europeia do Ambiente e referem-se a 2019. Mais de metade destas mortes podiam não ter acontecido caso fossem cumpridos os níveis de poluição recomendados pela Organização Mundial de Saúde.
Poluição. Foto de Billy Wilson/Flickr.
Poluição. Foto de Billy Wilson/Flickr.

Segundo o estudo Impacto na saúde da poluição atmosférica na Europa – 2021, da responsabilidade da Agência Europeia do Ambiente e publicado esta segunda-feira, esta forma de poluição “continua a causar um fardo significativo de mortes prematuras e doenças na Europa”.

As estimativas, referentes ao ano de 2019, são de que 307.000 pessoas tenham morrido prematuramente na Europa devido à exposição a partículas finas de poluição. O mesmo estudo conclui que pelo menos 58%, ou seja 178.000 entre elas, poderiam ter sido salvas se todos os Estados-Membros da União Europeia tivessem atingido o nível máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde nas suas diretivas de 5 µg/m3.

A Agência Europeia do Ambiente também contabiliza as mortes com ligação a outros principais poluentes atmosféricos perigosos para a saúde, mas não soma os resultados, porque tal levaria a contagens duplas.

Este relatório pretende ser um documento preparatório do Fórum do Ar Livre que irá decorrer na próxima quinta e sexta-feira e que visa discutir os regulamentos da União Europeia neste domínio com o objetivo precisamente de “aproximá-las” destas novas diretivas da OMS.

A Agência Europeia do Ambiente reconhece que a poluição atmosférica é “o maior risco ambiental isolado” no continente. Apontam-se as doenças cardiovasculares e os acidentes vasculares cerebrais como as doenças mais frequentes causadas por este tipo de poluição, seguidas pelas doenças pulmonares e pelo cancro do pulmão.

Os números apresentados no documento significam uma melhoria da qualidade do ar relativamente ao ano anterior. E este organismo oficial da União Europeia faz questão de sublinhar que estão em linha com os patamares fixados pelo Plano de Ação Poluição Zero que pretende reduzir o número de mortes prematuras por exposição às partículas finas em mais de 55% até 2030 em comparação com 2005. Entre esta data e 2019, diz-se, a quantidade de mortes por estas causas já foi reduzida em um terço.

Fica-se ainda a saber que, em 2019, a Alemanha liderou o número de mortes prematuras devido às partículas finas com 53.800. Depois ficou a Itália com 49.900 em Itália. A França teve 29.800 e a Espanha com 23.300. Se fizermos as contas à relação do número de mortes com o total da população, a Polónia fica à frente de todos os outros com as suas 39.300 mortes.

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