Louçã: greve geral vai ser a maior das últimas décadas

18 de novembro 2010 - 13:34

Coordenador do Bloco de Esquerda defende que fazer greve é a melhor forma de os portugueses se defenderem do aumento dos impostos ou da redução dos salários.

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“Nós queremos ter um país de que tenhamos orgulho, porque responde pelas prioridades às pessoas que precisam”, disse Louçã. Foto de Paulete Matos

“Eu acho que vai ser a maior greve geral das últimas décadas, porque junta os sindicatos, porque junta muita força, muita determinação”, disse Francisco Louçã, na noite desta quarta-feira, em Leiria.

Considerando que “esta greve é feita em nome de todos”, o deputado do Bloco apontou o exemplo da Autoeuropa, que “conseguiu um aumento de salários, conseguiu a proibição dos despedimentos”, mas os seus trabalhadores fazem greve com toda a gente: “Porque essa greve é a melhor forma de nos defendermos contra os futuros aumentos dos impostos, contra a redução dos salários, contra esta pressão que vem da União Europeia para facilitar os despedimentos”, disse.

Para Louçã, “se a democracia falar na greve geral do dia 24 – é tão importante que fale –, então o país começa a mudar e começa a mudar com a força das pessoas que sabem que as soluções para a democracia são aquelas que podem trazer emprego, combate à pobreza, diminuição da precariedade, protecção do Serviço Nacional de Saúde e da educação”.

E acrescentou: “Nós queremos ter um país de que tenhamos orgulho, porque responde pelas prioridades às pessoas que precisam”, defendendo o envolvimento de todos os trabalhadores no protesto, desde os precários aos temporários, dos contratados a prazo aos desempregados, mas também dos reformados ou dos estudantes. “Quem trabalha em Portugal é a maioria”, sustentou, considerando que “a maioria é que tem que falar agora em nome de alternativas”.